quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Teoria da Personalidade e Escolha Vocacional de Anne Roe

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Psicologia de Orientação Profissional com vista a abordar a teoria psicodinâmica de Anne Roe, tem como objectivo explicar as ideias da autora em relação a escolha da carreira que cada indivíduo faz e quais as possíveis influências que as pessoas sofrem neste processo. Para além de Anne Roe, existem outros autores que representam a adaptação do pensamento psicodinâmico à Psicologia Vocacional, contam-se teóricos como Adler (1931); Bordin, Nachmann, & Segal, (1963) e Erikson (1963, 1982).

Esta perspectiva procura descrever o papel da personalidade e dos impulsos no desenvolvimento da escolha vocacional. De acordo com ela, este é um aspecto do comportamento em que a sociedade permite ao indivíduo um compromisso entre o princípio da realidade e o princípio do prazer. Os autores abordaram a infância como período relevante para os resultados de desenvolvimento vocacional do indivíduo.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: a teoria da personalidade e escolha vocacional de Anne Roe, hipóteses de Anne Roe, tipos de orientação, críticas a teoria de Roe segundo Osipow (1973), outras críticas e limitações da teoria, aplicação da teoria de Roe e conclusão. Para a elaboração do trabalho recorreu-se a revisão bibliográfica.










A Teoria da Personalidade e Escolha Vocacional de Anne Roe

Anne Roe, formada em Psicologia Clínica, baseou suas investigações e pesquisa dos traços de eminentes artistas e cientistas, desenvolveu uma teoria chamada teoria do desenvolvimento da carreira.

A teoria de Roe diz que a escolha ocupacional resulta da personalidade, que é produto das relações com os pais na infância. Esta teoria visa aplicar a teoria da personalidade ao comportamento vocacional. Partindo dos trabalhos iniciais de Gardner Murphy relativamente à canalização da energia psíquica e à importância das experiências precoces nas escolhas vocacionais posteriores, e da teoria da motivação de Maslow que diz que todos os seres humanos são movidos por cinco necessidades básicas que estão arrumadas em hierarquia de importâncias: fisiológica, segurança, relações sociais, auto-estima e a auto-realização. A dinâmica de cada etapa está inteiramente relacionada com a forma como as necessidades básicas correspondem à profissão. E explica de que forma as necessidades explicam as actividades profissionais.

Segundo Roe (1956), uma estrutura das necessidades individuais que é grandemente influenciada pelas satisfações e frustrações da infância podem ser satisfeitas pela futura ocupação que esse indivíduo terá, embora a escolha da categoria seja primeiramente uma função das necessidades individuais, o nível de agrupamento dentro da categoria vai de acordo com as habilidades individuais e o historial socio-económico do sujeito.

De acordo com a sua teoria esta autora desenvolveu um sistema de classificação para as ocupações que incluem oito tipos: serviços, negócios de controlo, organização, tecnologia, guarda, ciência, cultura geral, artes e entretenimento. Estes oito tipos dividem-se em dois grupos de quatro ocupações e cada um dos dois grupos enquadra-se num dos tipos de escolha profissional. Cada grupo vai de acordo com o grau de responsabilidade, competências e habilidades requeridas.

Em 1972, Roe modificou seu ponto de vista, tomando a posição de que as primeiras relações entre pais e filhos, combinavam com outras experiências de outros ambientes e influências genéticas para produzir necessidades. Ela sugeriu que a escolha ocupacional depende de como o indivíduo aprende a satisfazer essas necessidades através de dois tipos de actividades: aquelas que envolvem e aquelas excluem interacções pessoais (Yoste & Corbishley, 1978).


Hipóteses de Anne Roe
Para formulação da sua teoria, Roe partiu de duas hipóteses que são:
• A orientação no sentido das pessoas e
• A orientação no sentido das coisas ou não-pessoas.
É com base nestas hipóteses que Roe estabelece dois tipos de orientação, que podem relacionar-se com as experiências precoces e, consequentemente com as escolhas profissionais.


Tipos de Orientação
Para Roe (1956), existem duas orientações básicas:
1. A orientação no sentido das pessoas: os indivíduos que gostam de trabalhar com os outros, foram criados por pais carinhosos e são encaminhados para trabalhar com pessoas por causa da sua forte necessidade de afecto e pertença.
2. A orientação no sentido das coisas ou não-pessoas: as pessoas criadas por pais que lhes negligenciaram ou que os rejeitaram, tem necessidade de segurança, que se mostra pela sua escolha de ocupações singulares.


Críticas a teoria de Roe Segundo Osipow (1973)
A teoria de Roe gerou consideráveis pesquisas, que apesar de tudo, providenciaram poucos suportes para as suas ideias, parcialmente porque na sua crença em diferentes pratica de cuidar ou amar as crianças produzem escolhas vocacionais diferentes é difícil de validar. Muitas das pesquisas testando as hipóteses de Roe, usaram adultos que lembram da sua infância ou crianças que reportaram o clima familiar em termos simpáticos. As habilidades dos adultos em lembrar exactamente e a veracidade dos termos usados pelas crianças são questionáveis (Yoste & Corbishley, 1978).


Outras críticas e limitações da teoria
• Teoria muito simples, hipótese demasiado simples (linear) para um problema demasiado complexo;

• Alguns estudos contrariam o pressuposto de Anne Roe: a maior parte dos estudos não confirmam a teoria de que as primeiras experiências de frustração e satisfação tenham influência na escolha vocacional;

• Fala em núcleo ou ambiente familiar, não há especificação entre as variáveis pai e mãe;

• Não confirmação (não existe evidência empírica) da teoria da escolha vocacional como meio de satisfação das necessidades básicas (fundamentais);

• Os autores de orientação psicodinâmica apontam poucas recomendações acerca das suas teorias no processo de aconselhamento vocacional embora tenha chamado a atenção para aspectos nunca observados antes nas escolhas vocacionais, não deram expressão aos modelos no sentido da sua comprovação.


Aplicação da teoria de Roe
Combinando os resultados desta linha de investigação com as bases teóricas da teoria da personalidade e da teoria da motivação, Anne Roe postulou que são as relações entre a energia psíquica, a predisposição genética e as experiências precoces que moldam o estilo de funcionamento individual. Segundo a autora, a natureza da orientação das pessoas face ao meio é resultado da combinação entre uma predisposição inata para despender energia de determinada forma e as experiências vividas nos primeiros anos de vida. Esta orientação reflectir-se-á nos objectivos vocacionais dos indivíduos, na medida em que estes procurarão satisfazer necessidades de infância que não foram ainda atendidas (Roe, 1956). Neste sentido, Roe procurou tornar explícita a relação entre factores genéticos e experiências precoces de socialização, e os seus efeitos nas carreiras dos indivíduos (Osipow & Fitzgerald, 1996).






Conclusão

De acordo com esta teoria, a escolha ocupacional é influenciada pelas interações pessoais que o indivíduo teve na sua infância. Roe, considera que o indivíduo passa por diversas influências tanto ao nível familiar como cultural e social, também procura explicar como este processo ocorre tendo em conta os factores fisiológicos, psicológicos e sociológicos do indivíduo. Estas influências contribuem para a escolha da futura carreira.

Sendo assim, torna-se importante fazer uma análise profunda das interações tanto ao nível familiar como cultural para se ter uma maior visão do indivíduo. Tendo em conta que o indivíduo não é um produto somente da família ou da cultura, há que ter em consideração todos os aspectos positivos e negativos que em algum momento podem fazer com que um indivíduo opte por uma dada profissão.

Contudo, a escolha vocacional é determinada de forma inconsciente pelas primeiras experiências de satisfação e frustração do indivíduo.















Referências Bibliográficas

Osipow, H. & Fitzgerald, F. (1996). Theories of career development. Allyn & Bacon: Needham Heights.

Roe, A. (1956). The psychology of ocupaction. A Wiley Imprint: New York

Yoste, E. & Corbishley, M. (1987). Career Counseling: a Psychological Approach. A Wiley Imprint: San Francisco.

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O diferente e o igual no global

Diferença

As diferenças são inerentes ao ser humano. De modo geral, a ocorrência de diferenças não pode ser evitada através da acção humana, elas são naturais e que muitas são construídas culturalmente. A ocorrência de diferenças no mundo social ou no global está relacionada à diversidade dos seres humanos, seja no que se refere a características pessoais (sexo, etnia, idade), ou nas questões externas como nascimento a esta ou àquela localidade, ou cidadania vinculada a este ou àquele país (Barros, 2005).


Igualdade

Igualdade como categori ético-politica está relacionada aos direitos fundamentais que constroem a cidadania contemporânea, significando direitos, tanto no que se refere à garantia de liberdade civis e politicas como a distribuição dos bens materiais e imateriais socialmente produzidos. Ex: todos temos direito a educação.
Bobbio (1996), coloca que igualdade é uma relação que se estabelece entre as pessoas. Essa relação tem a ver com as circunstâncias da vida. Segundo Giovanella (1996), pode-se apreciar a igualdade em algumas dimensões como: oportunidade, condições e resultados.

De acordo com Frischeisen (2010), a igualdade é um valor que só pode ser estabelecido mediante a comparação entre duas ou mais ordens de grandeza, e assim, estará sempre relacionada a uma comparação entre situações e/ou pessoas. A igualdade é, portanto, uma relação entre dois ou mais termos.


Globalidade

Segundo Steger (S/A), globalidade corresponde a "condição social caracterizada pela existência de interligações e fluxos globais ao nível económico, político, cultural e ambiental...”


O diferente e o igual no global

Em todas comunidades existem pessoas que têm costumes e comportamentos, e que as pessoas tem crenças e valores que fazem com que se comportem de uma determinada maneira, constituindo deste modo a identidade própria, permitindo evitar os mais variados problemas existentes nos seus relacionamentos no ambiente social.
Numa globalidade de indivíduos podemos considerar suas igualdades ou diferenças. Bobbio (1996), diz que igualdade é uma relação que se estabelece entre as pessoas. Essa relação tem a ver com as circunstâncias da vida. Um exemplo que podemos usar nesta questão de igualdade é que perante a lei todo o cidadão é igual ao outro nas formas de tratamento. Enquanto que as diferenças podem ser biologicas ou mesmo socialmente construidas. Exemplos: o sexo, a profissão, papeis sociais ou comportamentos determinados por uma comunidade para um determinado gênero. Contudo, um homem e uma mulher perante algumas leis moçambicana são tratados da mesma forma, mas os seus comportamentos podem apresentar diferenças independentemente da Lei.



Referências bibliográficas

Barros, J. (2005). Igualdade, desigualdade e diferença: em torno
de três noções. Acessado no dia 20 de Agosto de 2010 em http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aso/n175/n175a05.pdf.

Bobbio, N. (1996). Igualdade e liberdade.

Frischeisen, L. (2010). Igualdade. Acessado no dia 20 de agosto de 2010 em www.esmpu.gov.br/.../tiki-index.php?...Igualdade.

Giovanella, L. (1996). Equidade em saude no Brasil.

Steger, M. B. (2006). A Globalização. Quasi edições. Acessado em http://globalidades1.blogspot.com/2006/10/bem-vindos-ao-novo-espao-de-reflexo.html no dia 22/08/2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Drogas

Dogas são substâncias naturais ou sintéticas que possuem a capacidade de alterar o funcionamento do organismo. Podem ser classificadas quanto a legalidade, ou quanto ao efeito que tem no organismo humano.

Quanto a legalidade são:
• Drogas lícitas- são aquelas que são legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e que são aceites pela sociedade. Exemplos de drogas lícitas na nossa sociedade são o cigarro e o álcool, anorexígenos (utilizados como moderadores de apetite), benzodiazepínicos (utilizados como remédios para reduzir a ansiedade.
• Drogas ilícitas- são drogas cuja comercialização é proibida pela legislação devido ao seu forte potencial destruitivo e causador de dependencia em pouco tempo, e, para além disso, não são socialmente aceites. Exemplo: a cocaína, a maconha, a heroína, etc.

É importante ilucidar que este critério de legalidade é relativo, e varia consoante a legislação de um determinado país e segundo determinado contexto, sendo alguns países mais liberais que outros na produção e consumo da droga.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que, as drogas ilícitas respondem por 0,8% dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o cigarro e o álcool, juntos, são responsáveis por 8,1% desses problemas.

Quanto ao efeito que produzem podem ser classificadas em:
• Drogas perturbadoras (Suruma; a psilocibilina encontrada nos cogumelos, e os anticolinérgicos).
• Dogas depressoras (tranquilizantes, os solventes, o álcool, etc).
• Drogas estimulantes (a cocaína, tabaco; o ecstasy; o ice; Anfetaminas e anoxerígenos).

Impliçações psico-socias
• Disfunção social crónica;
• Problemas conjugais;
• Crianças com problemas de comportamento;
• Crianças com problemas de rendimento escolar;
• Separação / Divórcio;
• Abuso;
• Violência.
• Perda de velhos amigos;
• Aproximação de outros.
• Com estilo de vida similar
• Perda de “performance”;
• Mudanças frequentes de emprego;
• Faltas frequentes;
• Frequentes pedidos de dispensa;
• Desemprego
Detenções frequentes ou problemas legais devido a:
• Distúrbios na via pública;
• Condução perigosa;
• Roubos;
• Prostituição;
• Venda de droga

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Temperamento e sua importância na orientação

Segundo Silva (1992), o conceito de temperamento pode denotar uma moderação ou unificação de forças que seriam dispersas, a palavra significa temperar influências opostas e indica uma uniformidade de coloração, uma espécie de tematização do todo, uma unidade diante de tendencias dispares.

O temperamento é que imprime diferenciação, semelhante a assinatura ou impressão digital, em cada acção do individuo, tornando-a reconhecida como apenas dele próprio.

A inteligência, o físico e o temperamento representam o material bruto sobre o qual se forma a personalidade. Esses factores em grande parte dependem da constituição genética do individuo. O temperamento representa o clima bioqumico ou tempo interno em que se desenvolve a personalidade. O temperamento pode ser alterado ao longo da vida do individuo, essa alteração depende da constituição genética do individuo, das influências medicas, alimentares, de aprendizagem e experiencias de vida diversas. É de ressaltar que desde o nascimento, existem níveis constitucionais, químicos, metabólicos e neurais que imprimem recursos caracteristicos peculiares em cada pessoa.


Pode-se também dizer que o temperamento é a combinação de características congênitas que subconscientemente afectam o procedimento da pessoa e que envolve os génes recebidos dos progenitores e ainda uma imprevisibilidade, algo de imprevisto que pode acontecer; em outras palavras, temperamento é a natureza do homem, que é formada por factores hereditários, que se encontram profundamente enraizados na pessoa (Oliveira, 2010).

Quatro tipos de temperamento segundo Silva (1992) são:

Tipo realista perceptivo
O valor supremo é a liberdade de accao. Sente-se gratificado ao trabalhar de forma independente, uma vez que o seu ideal, tambem no que se refere ao ambito profissional, eh aquele que lhe permite agir quando e como gosta. O tipo realista perceptivo nao suporta procedimentos predeterminados, rotinas,hierarquias, regulamento, por lhe pareceremdestituídos de sentido. Tambeé não vê inconvenientes em infrentar situações onde o resultado é desconhecido, pois trata-se de uma forma de testar a sua liberdade e sua capacidade agir nas diversas ocorrências.


Tipo realista judicativo

A dedicação e a persistência são caracteristicas marcantes deste tipo. Mais do que qualquer outro, é capaz de dedicar-se inteiramente não só às pessoas queestão sob suas responsabilidades, mas tambem às pequenas tarefas rotineiras, fundamentais à existencia humana.
Essa capacidade de doação é acompanhada do sentido de honra em relação à palavra dada e aos compromissos assumidos. A coerencia consigo mesmo e o cumprimento dos deveres que considera como seus são sua meta constante. É extremamente sencivel a realidade alheia e às injustiças sociais, procura fazer todo o possivel para minimiza-las.


Tipo intuitivo racional

O desejo de compreender e de controlar a natureza, tanto física como social, é o que caracteriza o tipo intuitivo racional. Por essa razão, o poder o fascina. Não se trata propriamente do poder que se possa exercer sobre as pessoas, mas, principalmente, do poder sobre a natureza, a fim de ser capaz de entendê-la, de predizê-la, e de explicá-la. Quem depara com um individuo intuitivo racional depara com um cientista. Este tipo persegue capacidade, habilidade, eficiência e, por julgar-se o único capaz de avaliar a própria competência, é dotado de um criticismo impiedoso.


Tipo intuitivo sensível

A vida para o tipo intuitivo sensivel é uma constante busca e essa busca é, seu objectivo máximo da vida. Tem necessidade compulsiva de encontrar sua própria autenticidade. Por isso, prioriza sua integridade e sua auto-realização, que se lhe configura como missão única e intransferivel, a qual lhe compete realizar. Causa-lhe um sentimento de culpa, ao considerar que seu self real não corresponde ao da sua idealização.


Carácter

É uma expressão utilizada no ambito de determinadas concepções sobre a educação moral para designar um conjunto de bons comportamentos que são tidos como importantes nesse nesse tipo de concepção educativa (Orlando, 1992).

Pode-se tambem definir o carácter como conjunto de formas comportamentais mais elaboradas e determinadas pelas influências ambientais, sociais e culturais, que o indivíduo usa para adaptar-se ao meio. Ao contrário do temperamento, o caráter é predominante volitivo ( depende da vontade) e intencional. Entretanto, de modo geral, temperamento e caráter estão intimamente associados, podendo estar tão imbricados que se torna difícil sua distinção.


Importância dos temperamentos na orientação

Já há bastante tempo, estudantes dos Estados Unidos, do Canadá e do Japão escolhem suas futuras profissões com ajuda de um teste bastante simples, para conhecer seus respectivos temperamentos. Tem grande importância os temperamentos na orientação, porque reflete a espinha dorsal da nossa personalidade, ou seja, é o temperamento que define nossa maneira de ver o mundo e nos relacionarmos com as pessoas. É por meio dele também que descortinamos nossos interesses e aspirações, os valores éticos e morais que defendemos e o "mundo" em que preferimos viver, em termos concreto ou abstrato (Ito & Guzzo, 2002).


Temperamento e sua relação com determinadas profissoões segundo Silva (1992):

• Tipo psicológico realista perceptivo: educação física e economia.

• Tipo psicológico realista judiciário: enginharia mecânica, enginharia civil, administração, contabilidade, pedagogia, direito, medicina, odontologia, enfermagem e ciencias biológicas.

• Tipo psicológico intuitivo racional: enginharia química, enginharia elétrica e computação.

• Tipo psicológico intuitivo sensível: Jornalismo e Publicidade



Referências bibliográficas

Oliveira, E. (2010). Temperamento. Acessado no dia 9 de Agosto de 2010 em http://blog.cancaonova.com/saopaulo/2007/04/16/temperamento/.

Orlando, M. (1992). Psicologia do desenvolvimento moral: teorias, dados e implicações. Livraria almeida.

Ito, P. & Guzzo, R. (2002). Psicologia: reflexão e crítica. Brasil: Puerto alegre.

Silva, M. (1992). Personalidade e escolha profissional: subsidios de Keirsey e Bates para a orientação vocacional. São Paulo: pedagógica e universitária Ltda.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Relação entre o crime, pobreza, riqueza e o comportamento individual

Pobreza
Segundo Leninha (2010) citando Townsend (1979), são pobres os indivíduos, famílias e grupos de população que não dispõem de recursos suficientes para obterem os tipos de alimentação, participarem nas atividades e terem as condições de vida e conforto que são comuns, ou pelo menos largamente encorajadas e aprovadas, na sociedade a que pertencem.

Riqueza
Para Gilbert (2002), pode ser descrita como uma abundância de artigos de econômico valor, ou o estado de controlar ou de possuir tais artigos, geralmente no formulário de dinheiro, propriedade real e pessoal propriedade. Em muitos países a riqueza é medida também pela referência ao acesso aos serviços essenciais como cuidado de saúde, ou a possessão de colheitas e animais domésticos.
Pode-se tambem definir a riqueza como um estado de bem-estar em todas as áreas de sua vida que traz satisfação ao individuo. A riqueza pode ser medida pelo acesso aos serviços básicos, como saúde, etc. Rica é a pessoa que acumulou substancial riqueza em relação à sociedade na qual vive. Sem dúvida, a riqueza implica acordo social que faça valer o direito de propriedade, através de numerosos meios legais de proteção.

Crime
Para Hungria (1978), o crime é, antes de tudo, um fato, entendendo-se por tal não só a expressão da vontade mediante ação (voluntário movimento corpóreo) ou omissão (voluntária abstenção de movimento corpóreo), como também o resultado (effectus sceleris), isto é, a consequente lesão ou periclitação de um bem ou interesse jurídico penalmente tutelado.

Comportamento individual
De acordo com Paula (1998), é o conjunto de procedimentos ou reacções do indivíduo ao ambiente que o cerca em determinadas circunstâncias, o meio. Pode designar um grupo de actividades ou limitar-se a uma só, o comportamento singular.


Relação entre o crime, pobreza, riqueza e o comportamento individual

O crime está fortemente relacionado aos conceitos de pobreza, riqueza e comportamento individual. Posui numerosas causas como: factores sociais individuais, etc. Nas causas sociais pode-se encontrar o conceito de riqueza, pobreza e comportamento do proprio individuo em relação ao meio social em que este se encontra. Existe uma forte relação entre esses conceitos, isto é, o crime pode depender das condições económicas (pobreza, riqueza) do individuo e do seu comportamento.
Nas sociedades modernas, pobreza e a exclusão social reforçam-se mutuamente. Exclusão do mercado do trabalho gera pobreza e esta impede o acesso a bens e serviços socialmente relevantes (habitação, saúde, lazer, etc.), por sua vez poderá influenciar no comportamento individual e dar origen ao acto criminal para satisfação das necesidades básicas.


Referências bibliográficas

Hungria, N. (1978). Comentários ao código penal. Rio de Janeiro : Forense.

Paula, A. (1998). Comportamento. Lisboa: Verbo.

Leninha, A. (2010). O conceito de pobreza como violação dos Direitos Humanos. Acessado no dia 6 de Agosto de 2010 em http://alfaleninha.spaces.live.com/Blog/cns!FADCB9EC6D44919B!6248.entry.

Gilbert, D. (2002). A estrutura de classe americana em uma idade do desigualdade crescente. Wadsworth.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

É uma medida preventiva, que visa auxiliar o individuo no processo de maturação em relação à escolha. Muitas vezes o individuo pensa que não tem dúvidas, por que não verificou todas as possibilidades e tem uma relação fantasiosa com àquela profissão desejada.


HISTÓRIA DE ORIENTAÇÃO PROFESSIONAL
Segundo Carvalho (1995), a realidade social era de tal forma estratificada que na prática não havia liberdade de escolha, e conseqüentemente, não havia mobilidade social. Para o homem comum as ocupações raramente eram escolhidas, e quando o eram as alternativas eram poucas (Martins, 1978).

A Revolução Industrial, ampliada no século XIX, impôs a multiplicação de novos e específicos postos de trabalho. Para que os trabalhadores pudessem desempenhar essas novas funções, surgiram novos cursos e especializações aumentando as possibilidades de escolha ocupacional, principalmente para os iniciantes nesse mercado de trabalho. A exigência do aumento da eficiência industrial a fim de atender à demanda da sociedade atribuiu aos jovens uma complexidade cada vez mais crescente na hora de escolher sua ocupação.

Rosas (2000), atribui a Edouard Charton a primeira tentativa concreta de fornecer informação profissional. Esse engenheiro francês, com a finalidade de ajudar as pessoas a se decidirem quanto à profissão, coletou o depoimento de vários profissionais e organizou o Dicionário de Profissões (Dictionnaire des Professions), cuja 1ª edição data de 1842.

Entre o século XIX e o início do séc. XX, outras obras autobiográficas e de auto-ajuda foram escritas para pais e jovens tratando da questão da escolha da profissão. No entanto o surgimento da Orientação Profissional, como uma prática com propostas de fundamentação teórica e técnicas próprias, se deu no início do século XX. Educadores e psicólogos foram os especialistas que se incumbiram da neófita ocupação.

Gemelli (1963) afirma que o primeiro centro de orientação profissional foi criado em 1902 em Mônaco da Baviera, por iniciativa conjunta de trabalhadores e de autoridades, de indústrias e de professores.

O primeiro Instituto de Orientação Profissional foi fundado em Barcelona em 1919. Nesse periodo, a orientação profissional e a seleção de pessoal caminharam quase sempre juntas. Neste momento a OP caracterizava-se como atividade vinculada à indústria e à ordem sócio- econômica vigente, regida pelo princípio de se encontrar o homem certo para o lugar certo “the right man in the right place”. Seu sustentáculo era, então, o ajustamento do homem à ocupação visando a excelência da eficiência industrial (Lassance e Sparta, 2003).

Na mesma época na Europa a influência da psicanálise na teoria e na prática da orientação educacional mostrava reflexos também na orientação profissional. No entanto, foi a partir do trabalho do psicólogo Carl Rogers, Couseling and Psychoterapy: new concepts in practice, publicado em 1942, que se observou uma transformação nas práticas da orientação profissional.

Com o surgimento, a partir da década de 50, de diversas teorias sobre a escolha
profissional, as mudanças iniciadas com os trabalhos de Rogers continuaram. O livro
Ocupational Choice, de 1951, do economista Ginzberg e colaboradores (um psiquiatra, um sociólogo e um psicólogo), apresentou a primeira Teoria do Desenvolvimento Vocacional, de acordo com a qual a escolha vocacional é um processo evolutivo que ocorre entre os últimos anos da infância e os primeiros anos da idade adulta (Sparta, 2003).

Em 1953, Donald Super publica sua Teoria do Desenvolvimento Vocacional, que define a escolha profissional como um processo que ocorre ao longo da vida, da infância a velhice, através de diferentes estágios e da realização de diversas tarefas evolutivas. Os estágios por ele propostos são: crescimento, exploratório, fixação, manutenção e declínio.
John Holland publica em 1959 sua Teoria Tipológica, segundo a qual os interesses são o reflexo da personalidade do indivíduo. Holland descreve seis tipos de personalidade que determinam a direção da escolha profissional: realista, intelectual, social, convencional, empreendedor e artístico. (Martins, 1978)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

História da Psicometria

O presente trabalho surge no ambito da cadeira de Testes Psicotécnicos com principal objectivo de narrar a historia do surgimento da disciplina e responder certas questões deixadas pelo docente da disciplina.
Psicometria é a área da psicologia que trata do desenvolvimento e da aplicação de técnicas de mensuração aos fenômenos psíquicos.
A psicometria implica basicamente duas atividades: a quantificação de fenômenos psicológicos, sob forma de variáveis descritivas correspondentes às características dos indivíduos estudados, e a manipulação desses dados para obtenção de resultados numéricos. As relações entre os dados quantificados devem manter correspondência com as relações empiricamente verificáveis, uma vez que toda aplicação psicométrica supõe adoção prévia de enfoque experimental e de interpretação psicológica da linguagem matemática.
O trabalho apresenta-se subdividido nos seguintes subtemas respectivamente: enquadramento do apareciemento da psicologia no contexto da progressiva industrialização tendo em conta as suas causas; dois momentos chaves do aparecimento da psicometria; métodos ligados à psicometria durante o seu percurso evoluitivo; grandes percursores e os contributos que deram à psicometria; psicometria na actualidade e a conclusão.




Enquadramento do apareciemento da psicologia no contexto da progressiva industrialização tendo em conta as suas causas

O surgimento da psicometria deu-se em diferentes etapas mediante o progresso industrial e teve como causa do seu aparecimento as tentativas de medir as capacidades psíquicas do homem ligadas ao treino, exercício, diferentes aptidões, etc.

As difernetes etapas do seu surgimento são:
1ª etapa - Trabalho no domicilio (artesãos, séc. XVI ao XIX)
2ª etapa - Manufactura (limitação da liberdade dos artesãosEncerramento dos trabalhadores em espaços fechados - fase de preparação da máquina).
3ª etapa - Aparecimento da Máquina:
 Duas grandes consequências da introdução das máquinas na produção:
• Todo o Homem é substituível
• Surge o Novo Homem Homo economicus, a troco de ordenado vende a força do seu trabalho e sacrifica a sua existência pessoal.
 O controlo é entregue ao modo de produção e ao progresso científico & técnico.

Dois momentos chaves do aparecimento da psicometria são:
• Industrialização  Bons trabalhadores (menor tempo de reacção)  Recrutamento por parte dos psicólogos

• Grande depressão  Psicólogos  Testes de interesse (personalidade) e motivação (“escalas de necessidades”). Esta preocupação deve-se ao facto de o dinheiro não “valer” de recompensa, sendo a única opção compreender melhor os trabalhadores de forma a optimizar a produção
Métodos ligados à psicometria durante o seu percurso evoluitivo
Segundo Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações (S/a), entre os métodos de mensuração ligados à psicometria durante o seu percurso encontra-se: a escala de medida e análise fatorial:
A escala de medida que é a seqüência numérica cujos elementos se encontram em correspondência biunívoca com traços psicológicos dos sujeitos estudados, detectados empiricamente. Dentre os diversos tipos de escala destacam-se as seguintes:
• escalas nominais, utilizadas para quantificar dados que mantêm seu caráter qualitativamente singular e não permitem, por si mesmos, inferências matemáticas, como lugar de nascimento, por exemplo;
• escalas ordinais, que permitem ordenação dos sujeitos quanto a traços determinados;
• escalas de intervalos, utilizadas para comparar a diferença que existe entre os distintos níveis de uma determinada característica manifesta em cada sujeito estudado; e
• escalas de razão, mediante as quais são medidas essas diferenças com alguma unidade arbitrária de medida. Existe ainda a técnica estatística chamada correlação, usada para verificar o grau com que dois traços psicológicos, ou quaisquer duas outras qualidades, variam juntos.
Análise fatorial, que constitui um ramo da estatística e surgiu com a finalidade de fornecer modelos matemáticos para a explicação de teorias do comportamento e da capacidade. Consiste no estudo estatístico de fatores como a compreensão e fluência verbal, capacidade de operar números, memória associativa, rapidez na percepção e raciocínio lógico.


Grandes percursores e os contributos que deram à psicometria

O laboratório de Wundt criado em 1879 em Leipzig é considerado o ponto inicial da psicologia moderna por substituir a experimentação fisiológica pela experimentação direta de eventos mentais através do método da introspecção. Wundt, associacionista, defende a apreensão de um conjunto elementar de sensações na construção de leis universais sobre o homem. Numerosos discípulos de Wundt levaram para fora do laboratório as concepções e técnicas que ele aí tinha estudado e colocaram-nas ao serviço da vida real. Encontramo-las em todos os países da Europa e da América (Planchard, 1962).
Para Planchard (1962), Pode-se distinguir alguns nomes de psicólogos cujos trabalhos se orientam cada vez mais para a psicologia posta ao serviço da vida:
 Münsterberg e Sharp que imaginaram e aplicaram na América os primeiros testes profissionais;
 Jastrow, que apontou a fraqueza das provas usadas por Cattel quanto ao seu valor de prognóstico;
 Kraepelin, Oerhn, Ebbinghauss, na Alemanha, que se esforçaram por tornar mais objectivas provas respeitantes a funções mais complexas e por utiliza-las no domínio da clínica psiquiátrica e da escola;
 Taylor, cuja influência havia de ser tão grande, não directamente na técnica dos testes, mas na organização científica do trabalho baseado na análise e na cronometragem dos movimentos profissionais;
 Ferrari, autor de testes psiquiátricos; os seus compatriotas Guicciardi e Lombroso que recorrem ao método para o estudo dos criminosos.
 Weber e Fechner, defendem que é preciso utilizar os mesmos procedimentos da Física, são psicofísicos, observação rigorosamente medida;
 Gauss e La Place  Curva de Gauss (distribuição populacional), representação teórica estatística dos fenómenos psíquicos do ser humano;
 Spearman, concepção da inteligência segundo uma dicotomia: FACTOR G* e FACTORES ESPECÍFICOS**;
 Galton, teses eugénicas, “filhos de pessoas esclarecidas eram também esclarecidos”;
 Galton e Pearson, correlações – operacionalização de medidas que permitam apreciarem características de maior ou menor relação entre sujeitos, o que leva à discriminação. É então uma perspectiva diferencial.
Nesta altura, a ideia de inteligência era ainda precária e muito rudimentar. (ex. se não vêem bem são estúpidos). Por outro lado, baseavam-se em medidas antropometricas.
 BINET, vem contra tudo isto e diz que é uma questão de défice sensorial e não uma questão de estupidez. Ideias essenciais:
• Miopia não é um sinónimo de estupidez;
• Antropometria não serve para testar a inteligência;
• Inteligência.


Psicometria na actualidade

Segundo Sigollo (2010), actualmente a psicometria possui instrumentos que nos permitem mensurar com precisão estatística e matemática as competências, os comportamentos, as deficiências e o desempenho profissional que uma pessoa pode alcançar. Deixando de lado a subjetividade e se conectando à ciência, os testes psicológicos evoluíram ao longo do tempo dando origem a uma vertente conhecida como psicometria. De origem controversa, sabe-se que a especialização ganhou força no fim do século XIX com experimentos do inglês Francis Galton, desenvolvidos e aprimorados posteriormente por Charles Spearman, James Catell, Wilhelm Wundt, Alfred Binet entre outros.
Atualmente, com um alto índice de confiabilidade, os testes psicométricos são aplicados nos processos de recrutamento e de sucessão de grandes empresas como Grendene, Volvo, Itaú e Contax.


Conclusão

Com o trabalho, nota-se que desde os tempos mais remotos, muitas manifestações surgiram para classificar os indivíduos segundo os seus caracteres particulares, para os comparar entre si, para os seleccionar em função das suas aptidões especiais.
A psicometria implica basicamente duas atividades: a quantificação de fenômenos psicológicos, sob forma de variáveis descritivas correspondentes às características dos indivíduos estudados, e a manipulação desses dados para obtenção de resultados numéricos. Para o surgimento desta disciplina passou-se por diferentes etapas acompanhadas por diferentes mentores cada um dando os seus contributos. Actualmente a psicometria possui instrumentos que nos permitem mensurar com precisão estatística e matemática as competências e os comportamentos dos individuos.


Referências bibliográficas

Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações (S/a). Psicometria. Acessado no dia 30 de Julho de 2010, http://togyn.br.tripod.com/psicometria.htm.
Sigollo, R. (2010). Valor econômico: Menos subjetividade e mais ciência na hora de contratar. Acessado no dia 30 de Julho de 2010, http://eduardodelarocha.wordpress.com/2010/04/07/valor-economico-menos-subjetividade-e-mais-ciencia-na-hora-de-contratar/.
Planchard, E. (1962). Iniciação à técnica dos testes. Coimbra Editora, Limitada.

Assimilação e acomodação no processo de adaptação e inadaptação social

Assimilação
Segundo Piaget citado por Furth (2009), assimilação é um processo mental pelo qual se incorporam os dados das experiências aos esquemas de acção e aos esquemas existentes. É um movimento de integração do meio no organismo.

Acomodação
Para Piaget citado por Furth (2009), acomodação é um processo mental pelo qual os sistemas existentes vão modificar-se em função das experiências do meio. É um movimento do organismo no sentido de se submeter às exigências exteriores, adequando-se ao meio.

Pode haver assimilação sem nova acomodação, quando a situação é a mesma e quando só há que compreender coisas já conhecidas e imediatamente assimiláveis e, naturalmente, pode haver assimilação com novas acomodações, em situações não conhecidas.

A acomodação é responsável pelo desenvolvimento (uma mudança qualitativa) e a assimilação pelo crescimento (uma mudança quantitativa); juntos eles explicam a adaptação intelectual e o desenvolvimento das estruturas mentais para melhor enquadramento no meio.

Quando o individuo ainda não conhece aquela realidade (conteúdo, mecanismo, etc.), quando o desafio foi um pouco além de sua capacidade atual, ele se desequilibra e age, para restabelecer o equilibrio. Neste agir, do ponto de vista mental, ocorre o processo de acomodação, ou mudança interior e conseqüente construção de novas estruturas mentais para se transformar num outro mais adequado e capaz de realizar a assimilação para melhor adequação (adaptação) ao meio (Furth, 2009).
Adaptação

Adaptação é qualquer característica ou comportamento natural evoluído que torna o individuo capacitado a sobreviver em seu ambiente natural ou social. Podem ser cognitivas, anatômicas, fisiológicas ou comportamentais.

De acordo com Dolle (1997), adapatação intelectual é o estabelecimento progressivo de um equilibrio entre o mecanismo assimilador e uma acomodação complementar, a adaptação só está concluida quando atinge um sistema estável, isto é, quando existe equilibrio entre assimilação e acomodação. O resultado desse equilibrio mental permitirá a adaptação do individuo ao meio em que ele se encontra.

Inadaptação
Inadaptação é resultante da interação entre os hábitos de vida do individuo e os obstáculos colocados pelo meio notadamente no que diz respeito aos obstáculos de ordem cognitiva.

Assimilação e acomodação no processo de adaptação e inadaptação social
Petrus (1997), refere que o conceito de inadaptação social é ambíguo e está amplamente ligado à educação social. É inadaptado o que não tem sabido ajustar-se às exigências das suas necessidades, rejeitado pelo seu meio num determinado contexto ou sociedade. Os mecanismos de assimilação e acomodação são bastante importantes no processo de adaptação do individuo no meio social, quando o individuo não consegue estabelecer o equilibrio entre esses mecanismos ele poderá ser um inadaptado ao seu meio.


Bibliografia

Dolle, J. (1997). Para compreender Jean Piaget. Paris: Dunod.

Furth, H. (2009). Piaget na sala de aula. Acessado no dia 30 de Julho de 2010, http://pt.shvoong.com/humanities/theory-criticism/1631547-piaget-na-sala-aula/.

Petrus, A. (1997). Concepto de educación social. Barcelona: Edit. Ariel Educación.