Quadro lógico é uma representação hierárquica do projecto. Mostra-nos como identificar as actividades que devem ser executadas para iniciar e terminar o projecto. Tem-se uma meta e diversos objectivos que deverão ser expressos em termos de actividades e trabalho. A técnica para elaborar quadro lógico irá simplificar os mais complexos projectos em actividades e tarefas que podem ser planeadas e executadas com confiança. Quadro lógico é a base para a definição, planeamento, e organização detalhada do ciclo de vida da gestão do projecto. É o documento que guiará o resto do projecto.
Identificar as actividades do projecto
Para executar e planear um projecto complexo, é importante ter uma meta geral e vários objectivos. Cada objectivo terá um número de actividades discretas, identificáveis separadamente. Estas actividades definem o trabalho que deverá ser feito para atingir os objectivos. Estes devem ser especificos e formulados de forma a serem facilmente mensuráveis, e a sua conclusão facilmente verificável.
Quadro lógico
De todos os métodos disponíveis para definir as actividades que compõem o projecto, o que tem sido usado e que tem resistido ao teste do tempo é o WBS. O WBS envolve a previsão do projecto como uma hierarquia de meta, objectivos, actividades, subactividades, e pacotes de trabalho. A decomposição hierárquica das actividades continua até todo projecto ser exibido como uma rede de actividades identificadas separadamente e não sobrepostas. Cada actividade terá um único propósito, com tempo específico de duração e manejável; suas estimativas de tempo e custos facilmente derivadas, entregas claramente perceptíveis, e as actividades para a sua conclusão claramente nomeadas. O WBS facilita o planeamento, orçamento, marcação de horários, e o controlo das actividades para o gestor do projecto e sua equipe.
Características de um quadro lógico
Uma actividade bem definida tem as seguintes características: O seu estado e conclusão são facilmente mensuráveis; tem um evento bem definido de princípio e do fim; é familiar (pode ter sido feito anteriormente) e o tempo para a sua conclusão e seus custos associados podem ser facilmente estimados, desde as experiências anteriores com estas ou outras actividades similares; inclui tarefas do trabalho que são manejáveis, mensuráveis, integráveis, e independentes das tarefas do trabalho em outras actividades; deverá constituir um fluxo contínuo de trabalho, desde o começo ao fim; ao decidir por outras actividades que poderão ser inclusas no projecto, consideremos o seguinte: marcar a entrega de material; actividades subcontratantes que tem impacto nas actividades do projecto; disponibilidade de material, e disponibilidade e treino de pessoal.
Passos para a construção de um quadro lógico/ WBS
Não existem regras específicas para criação do WBS/quadro lógico:
Passo 1: dividir o projecto nos seus objectivos maiores de tal forma que o projecto seja inteiramente definido pelos objectivos; Passo 2: repartir cada objectivo dentro das actividades que deverão ser executadas com a finalidade de atingir o objectivo; Passo 3: para cada actividade que tenha uma ou mais características em falta, dividir tal actividade em subactividades, incluindo-as; Passo 4: repetir o passo 3 até que as subactividades tenham as características desejadas; Passo 5: as subactividades com baixo nível na hierarquia serão as bases para os pacotes de trabalho, que deverão ser executadas de forma a concluir o projecto.
Utilidades do quadro lógico
Uma das maiores utilidades é proporcionar uma visão global e detalhada do projecto. Esta rede será a maior ferramenta de controle usada pelo gestor de projecto, para avaliar o projecto actual versus o progresso planeado, e permitir que as mudanças que virão em seguida, como resultado de tal avaliação. O WBS é o mais fácil de se aprender e a técnica menos propensa a erros para representar as diversas tarefas que compõem até os projectos mais simples.
Estimação do tempo de actividade (situações de elevada especulação)
Para algumas actividades, os tempos de conclusão observados poderão variar consideravelmente. Para outras, até poderão ser relativamente estáveis. As razões para estas variações inclui: nível de habilidade das pessoas que estão a realizar a actividade; variações nas máquinas; disponibilidade de material, e eventos inesperados (doenças, desastres naturais, greves dos funcionários, acidentes industriais, etc).
Existe uma relação estatística de fácil uso que considera estas variações. Esta requer que obtenhamos três tempos estimados da conclusão da actividade: tempo de conclusão optimista; tempo de conclusão pessimista e tempo de conclusão provável. O tempo de conclusão optimista de uma actividade será o tempo desejado, caso tudo corra perfeitamente. O tempo de conclusão pessimista de uma actividade é o tempo requerido, se tudo que pode dar errado, der errado, mas a actividade ainda assim é concluída. O tempo de conclusão provável é o tempo requerido sobre mais situações normais. O “O” representa o tempo optimista, “P” representa o tempo pessimista e o “M” representa o tempo de conclusão provável. Vamos usar estas três estimativas para calcular o “E”, que é o tempo esperado da conclusão da actividade. Neste sentido, para cada actividade precisaremos ter estas três estimativas. Mais tarde nos nossos cálculos, ser-nos-á necessário usar a média do tempo de conclusão da actividade. Esta é uma média ponderada dos tempos de conclusão optimista, pessimista e provável. A fórmula a seguir fornece-nos essa média ponderada. Média do tempo de conclusão da actividade = E = (O+4M+P)/6.
Estimação dos custos de actividade
Existem tipicamente 4 grandes categorias de custos: Trabalho; Material; Outros (viagens, telefone, serviços, etc); Indirecta (também conhecido por topo).
Autores: Weiss, J. & Wysocki, R. (1992).
Sem comentários:
Enviar um comentário