As Doenças Crónicas são doenças de evolução prolongada, permanentes, para as quais, actualmente, não existe cura, afectando negativamente a saúde e funcionalidade do doente. No entanto, os seus efeitos podem ser controlados, melhorando a qualidade de vida destes doentes (Thompson, et all, 1993).
Doenças congênitas são aquelas adquiridas antes do nascimento ou até mesmo depois do mesmo, no primeiro mês de vida, seja qual for a sua causa. Dentre essas doenças, aquelas caracterizadas por deformações estruturais são denominadas usualmente por anomalias ou malformações congênitas (Thompson, et all, 1993).
Para Thompson et all (1993), existem vários tipos de doenças crónicas como: Diabetes; Obesidade; Cancro; Doenças respiratórias; Doenças cardiovasculares; A maioria das doenças auto-imunes; Algumas infecções como a tuberculose, lepra, sífilis ou gonorreia; SIDA.
Factores de risco segundo Thompson et all (1993) são: Colesterol elevado; Tensão arterial elevada; Obesidade; Tabagismo; Consumo de álcool; Alimentação pobre em frutas e vegetais.
Como reduzir os riscos
Para Thompson et all (1993), existem certas técnicas: Através da alteração do estilo de vida pode-se, em pouco tempo, reduzir o risco de desenvolvimento de Doenças Crónicas; Alterando a dieta alimentar – privilegiar frutas, vegetais, frutos secos e cereais integrais; substituir as gorduras animais saturadas por gorduras vegetais insaturadas; reduzir as doses de alimentos salgados e doces; Iniciando a prática de exercício físico diário; Eliminando o consumo de tabaco.
Coping – são os esforços ou respostas, em sentido adaptativo, perante determinada situação de estresse que ultrapassa as capacidades do indivíduo, constituindo-se em uma sobrecarga de seus recursos perante uma ameaça ao bem-estar.
Existem várias estratégias de coping: confronto, afastamento, autocontrole, aceitação de responsabilidades, fuga-esquiva e reavaliação positiva. Mas a eleição de uma estratégia é determinada pela natureza do estressor, as circunstâncias em que ele se reproduz e o próprio estilo que caracteriza o sujeito e suas escolhas. (Câmara,2009)
O processo de coping em doenças crónicas
O coping pode actuar na forma de estratégias de fuga e esquiva, que envolve adiar e amenizar o impacto das mudanças e alterações da situação de estresse e consequentemente pensar de forma negativa no problema, o que pode resultar problemas psicológicos, tais como, depressão, isolamento, vergonha, sentimentos de inutilidade, que podem levar ao suicídio. Mas também pode-se traçar estratégias de reavaliação positiva, onde o indivíduo desenvolve planos de acção para minimizar as emoções negativas e problemas psicológicos resultantes da deficiência. Desenvolver uma postura pró-ativa onde há uma percepção mais clara e objetiva da doença, o que resulta em menor uso da estratégia de fuga-esquiva. Procurar centrar-se no problema ao invés de fugir do mesmo, minimizando-o em termos cognitivos, o que contribui para um entendimento mais claro acerca da doença.
Assim, surgem portadores de algum tipo de deficiência que se destacam no desporto, música e outras actividades descritas como de superação (Câmara, 2009).
Referências bibliográficas
Thompson, W.; McInnes, R. & Willard, F. (1993). Genética Médica. São Paulo: Guanabara Koogan.
Câmara (2009). Estratégias de coping e percepção da doença em pais de crianças com doenças crónicas: o contexto do cuidador
(http://www.scielo.unal.edu.co/scielo).