segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Aconselhamento psicológico na infecção e doença pelo HIV vs Maternidade e gravidez precoce na adolescência

A epidemia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) constitui fenómeno global, complexo, dinâmico e instável, cuja forma de ocorrência nas diferentes regiões do mundo depende, entre outros factores determinantes, do comportamento humano individual e colectivo.
O presente relatório, surge como produto da participação nas palestras da disciplina de seminários especializados. Com o trabalho, pretende˗se abordar aspectos ligados a duas realidades temáticas, nomeadamente:
“Aconselhamento psicológico na infecção e doença pelo HIV”. Apresentado pelo doutor Alfredo Maposse no dia 18 de Agosto de 2011 pelas 13 horas na sala 304 da Faculdade de Educação e gravidez precoce na adolescencia.
O relatório apresenta a seguinte estrutura: na primeira parte, abordar˗se˗á apectos relacionados ao tema “aconselhamento psicológico na infecção e doença pelo HIV”: razões da escolha do tema; conceitos-chaves; dissertação sobre o tema (com base na palestra): importância do aconselhamento na infecção e doença pelo HIV; papel do profissional na gestão de pessoas padecendo de HIV /SIDA; passos no processo de aconselhamento; níveis de aconselhamento em infeccão e doença pelo HIV; obstáculos a toma dos ARVs; guia do aconselhamento para adesão; discussão do tema baseado na revisão da literatura: infecção pelo HIV; objectivos do aconselhamento em HIV; processo de aconselhamento psicológico; tipos de aconselhamento para casos de HIV /SIDA; por quem é feito o aconselhamento para indivíduos portadores de HIV/SIDA; HIV/SIDA em Moçambique; factores impulsionadores da epidemia do HIV em Moçambique; papel do psicólogo no aconselhamento em pessoas com HIV. Posteriormente falar-se-á do tema “maternidade e gravidez precoce na adolescência” com os seguintes subtemas: razões da escolha do tema; conceitos chaves; discussão sobre o tema baseado na palestra: determinantes da gravidez na adolescência, implicações da gravidez; aspectos psicológicos da gravidez na adolescência; prevenção da gravidez precoce; discussão do tema baseado na revisão da literatura: gravidez na adolescência; gravidez na adolescência em Moçambique; factores da gravidez na adolescência; consequências da gravidez precoce e considerações finais.
Para elaboração do relatório, as metodologia utilizadas para recolha de informação foram: pesquisas bibliográficas e fontes orais através de participação nas palestras sobre os temas.

I PARTE (“ACONSELHAMENTO PSICOLÓGICO NA INFECÇÃO E DOENÇA PELO HIV”)
Razões da escolha dos temas

Actualmente, as práticas médicas nas nossas unidades sanitárias estão completamente viradas à doença, particularmente no atendimento a indivíduos portadores de HIV/SIDA, sem no entanto, se procurar compreender os aspectos psicológicos da pessoa doente. Em alguns casos em que a unidade sanitária possui serviços de atendimento e acompanhamento psicológico, não são totalmente eficazes devido a quantidade de indivíduos que necessitam desses serviços e devido ao número reduzido de profissionais desempenhando essas actividades.
A razão da escolha do tema, é o grau de importância que o mesmo apresenta para a sociedade em geral e o contexto moçambicano em específico, pois retrata questões do dia˗a˗dia ligadas a realidade moçambicana. Portanto, como estudante de Psicologia, surge a curiosidade de compreender as questões relacionados ao tema para melhor explicar e intervir futuramente no processo de aconselhamento a indivíduos necessitando de ajuda neste âmbito (HIV e SIDA).

Conceitos-chave

Infecção se refere à invasão, desenvolvimento e multiplicação de um microorganismo no organismo de um animal ou planta, causando doenças. A invasão desencadeia no hospedeiro uma série de reacções do sistema imunológico, a fim de defender o local afectado resultando, geralmente, em inflamações (Araguaia, s/d).

A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no organismo. A transmissão pode acontecer nas relações sexuais com alguém infectado; contacto com sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou parto, pela amamentação, etc. (Roche, S/d).

Aconselhamento é definido como uma relação na qual uma pessoa tenta ajudar uma outra a compreender e a resolver problemas aos quais ela tem que enfrentar.

Aconselhamento psicológico é uma relação interpessoal na qual o conselheiro através de técnicas científicas assiste o indivíduo na sua totalidade psíquica a se ajustar mais efectivamente a si próprio e ao seu ambiente (Scheefer, 1989).

O aconselhamento em HIV/SIDA configura-se em um diálogo que visa estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores e a oferecer ao cliente condições para que avalie sua condição de vulnerabilidade e riscos pessoais de portar o Vírus da Imuno deficiência Adquirida (HIV) ou de já ter desenvolvido a Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (SIDA), tome decisões e encontre maneiras realistas, ou seja, maneiras viáveis de enfrentar seus problemas relacionados às HIV/SIDA (Souza, Braga, e Vieira, 2010).

DISSERTAÇÃO SOBRE O TEMA (COM BASE NA PALESTRA)
Durante a palestra, foram abordados alguns aspectos relacionados ao aconselhamento psicológico na infecção e doença pelo HIV. Os tópicos forão os seguintes: Importância do aconselhamento na infecção e doença pelo HIV; O papel do profissional na gestão de pessoas padecendo de HIV; Quem deve dar o aconselhamento; Onde praticar o aconselhamento; Boas aptidões de comunicação em aconselhamento; Atitude positiva em comunicação; Passos no processo de aconselhamento; Níveis de aconselhamento em infecção e doença pelo HIV; Obstáculos a toma dos ARVS e por fim falou-se de estratégias para incentivar a adesão.

Define-se o aconselhamento como uma relação de ajuda com vista ajudar a pessoa a auto-ajudar-se na resolução de seus problemas ou a lidar com a situação. Como um processo, o aconselhamento objectiva o empoderamento das pessoas a explorarem e reduzirem e/ou resolver seus problemas.

A pessoa indicada para realizar o processo de aconselhamento é o profissional com conhecimentos sobre HIV e doenças relacionadas, tenha atitudes positivas e possui boas aptidões comunicativas. Em diversos locais pode˗se realizar o aconselhamento, como por exemplo nos hospitais, empresas e clínicas.

Importância do aconselhamento na infecção e doença pelo HIV
Ao falar˗se da importância do aconselhamento na infecção e doença pelo HIV, apontou-se alguns aspectos relevantes como: providenciar apoio social e psicológico a qualquer pessoa infectada ou afectada pelo vírus de HIV; providenciar informação factual em matéria de infecção e doença pelo HIV; reduzir o auto-estigma e a discriminação e previnir a propagação do vírus.

Papel do profissional na gestão de pessoas padecendo de HIV/SIDA

O papel do profissional na gestão de pessoas padecendo de HIV/SIDA é de providenciar apoio emocional ao paciente e sua familia focalizando-se nas suas necessidades psicológicas; dar informação completa e factual acerca do HIV/ SIDA e TARV ao paciente e sua família; referir o paciente ao teste de diagnóstico e/ou tratamento, dependendo da situação; referir o paciente e sua família a serviços de apoio disponíveis.

Passos no processo de aconselhamento
1. passo: ajudar o indivíduo a contar sua história;
2. passo: ajudar o indivíduo na busca de opções de ajuda;
3. passo: ajudar o indivíduo a fazer planos.

Níveis de aconselhamento em infeccão e doença pelo HIV

Os diferentes níveis de aconselhamento em infeccão e doença pelo HIV abordados durante o seminário foram os seguintes: aconselhamento pré˗teste, pós˗teste e aconselhamento de apoio.
Aconselhamento Pré-teste é o momento que antecede o teste. Ha interacção entre o profissional e o paciente com o objectivo de capacitar o paciente a tomar uma decisão informada de fazer ou não o teste.
Aconselhamento Pós – teste visa avaliar a prontidão do paciente para receber o resultado e buscar a compreensão do paciente acerca do teste, isto é, o que é que significará o resultado positivo ou negativo para o paciente e o que é que faria se o resultado for positivo ou negativo.
Aconselhamento de apoio é para pacientes que ja têm conhecimento do seu estado sorológico. Para pacientes com diagnóstico positivo, visa dar informação relativa a encaminhamento para o tratamento, exames a serem efectuados, possíveis tratamentos, significado do tratamento antiretroviral e a duração do tratamento. Em casos de resultado negativo, orientar para nova testagem e reforçar medidas de prevenção.

Obstáculos a toma dos ARVs
Os obstáculos a toma dos ARVs são de três categorias, nomeadamente: factores relacionados ao regime de toma, factores relacionados com o professional e factores ligados ao paciente.
Factores relacionados ao regime de toma: os efeitos colaterais é uma das razões pelas quais os pacientes falham ou abandonam os ARVS ou tornam-se completamente pouco aderentes. Além deste e outros aspectos, tem o factor restrições alimentares que leva na maioria das vezes a fazer com que os pacientes desistam do tratamento.
Factores relacionados com o professional: aptidões comunicativas, atitude do profissional, tempo para ensinar o paciente, falta de paciência e aceitação.
Factores ligados ao paciente: estigma, esquecimento, fraca compreensão, não revelação de diagnóstico a parentes e pessoas importantes, falta de apoio social, viagens não programadas.

Guia do aconselhamento para adesão
O guia do aconselhamento para adesão tem como objectivos: explicar as funções dos ARVs como tratamento e não uma cura e que é para toda vida; explicar o impacto dos ARVs no organismo (resultantes da toma correcta ou incorrecta); reforçar a importância dos cuidados contínuos, na prevenção e tratamento de infecções oportunistas, higiene, nutrição e sexo seguro; explicar em termos simples e claros a resistência ao medicamento; explicar porque é que o paciente pode sentir-se fraco após início do tratamento com ARVs; dar informações detalhadas acerca de determinados medicamentos, tais como efeitos colaterais e como lidar com eles; discutir a interacção da auto-medicação e uso de ervas com os ARVs; discutir o papel do tratamento e da revelação do diagnóstico; desincentivar a partilha de medicamentos; enfatizar a toma da dose certa na hora certa e perguntar ao paciente se precisa de mais explicação e responder a possíveis perguntas.


DISSERTAÇÃO SOBRE O TEMA (COM BASE NA REVISÃO DA LITERATURA)
Infecção pelo HIV

A infecção pelo HIV é uma doença transmissível, produzida por um retrovírus (vírus lento) que afecta directa e fundamentalmente, entre outros, o sistema imunológico (produzindo sua destruição) e o sistema nervoso. Apresenta um amplo espectro de manifestações clínicas, que vão desde a infecção aguda inicial, quando esta é sintomática e passando por um largo período de portador assintomático, de anos de duração, até desembocar em uma série de infecções oportunistas e/ou neoplasias que definem o estado mais avançado e mortal da doença denominado SIDA (Remor, 1999).
De acordo com Remor (1999), a infecção pelo HIV se transmite através do contacto directo de fluídos corporais (como o sangue, o sémen e as secreções vaginais) de uma pessoa infectada, com o sangue ou as mucosas de uma pessoa não infectada. O HIV ataca o sistema imunológico, em especial, ainda que não unicamente, aos linfócitos T4 (CD4+) e dá lugar a 26 enfermidades diferentes, de acordo com o critério dos Centers for Diseases Control (CDC) dos Estados Unidos. Portanto, para falar de diagnóstico ou caso de SIDA, devemos observar uma série de critérios já estabelecidos e que foram definidos com fim de vigilância epidemiológica, que são: soropositividade ao HIV; menos de 200 linfócitos CD4+/ul; e uma das 26 enfermidades especificadas pelo CDC.

Objectivos do aconselhamento em HIV

O diagnóstico e tratamento da infecção por HIV e SIDA está acompanhado de profundas implicações psicológicas e sociais que não se podem deixar de lado se o que pretende-se é dar uma resposta eficaz aos diferentes problemas que apresenta a doença. Portanto, de acordo com Remor (1999), os objectivos da intervenção psicológica devem, por um lado, focalizar-se na identificação das necessidades; transmissão de informação suficiente e adequada ao indivíduo e proporcionar estratégias psicoterapêuticas que incluam instrumentos de manejo de suas próprias emoções, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida num sentido amplo. Por outro, estimular atitudes positivas e estratégias de enfrentamento (coping), comunicação clara e aberta, detecção e enfrentamento ao stress, incrementar a sensação de autocontrole, expectativas de eficácia e esperança, desenvolver habilidades sociais e facilitar a integração com os serviços da comunidade (ONGs, associações, grupos de auto-apoio, etc.) e centros de saúde.

Processo de aconselhamento psicológico

O processo de aconselhamento psicológico em indivíduos portadores de HIV/SIDA, também envolve a construção duma aliança com o indivíduo, na qual quem promove o aconselhamento disponibiliza tempo e liberdade para que o paciente explore os seus pensamentos e sentimentos, numa atmosfera de confiança, respeito e neutralidade. Segundo Trindade e Teixeira (2000), para atingir este objectivo, o conselheiro utiliza competências básicas de aconselhamento como a escuta activa, a empatia e a reflexão, tentando compreender o paciente e a situação em que se encontra. O processo centra-se na compreensão que o sujeito tem da situação em que se encontra, as escolhas a fazer e decisões a tomar sustentando-se nos seus próprios insights.

Tipos de aconselhamento para casos de HIV/SIDA
De acordo com o Módulo 3 de aconselhamento, os tipos de aconselhamento que estão ligados aos casos de HIV/SIDA são: aconselhamento de crise; aconselhamento para resolução de problema; aconselhamento para tomada de decisão.
Aconselhamento de crise
É o mais usado, devido à ameaça que o HIV/SIDA representa para a sobrevivência e dado o estigma social envolvido. Uma crise emocional existe quando o indivíduo se sente: intensamente ameaçado; completamente apanhado de surpresa; emocionalmente perturbado e com a consequente perda de controlo; emocionalmente paralisado porque não vislumbra nenhuma solução: todos os esforços para resolver a crise parecem sem esperança, ou parecem ser tão dolorosos quanto à própria ameaça.

Aconselhamento para resolução de problemas
Ajuda a planificar a prevenção da transmissão, os métodos de suportar as manifestações da doença e o cuidado médico. O aconselhamento de resolução de conflitos apoia-se: no suporte emocional e na empatia; entender a natureza do problema; pensar no impacto do problema na sua vida quotidiana; adquirir ou fortalecer habilidades pessoais para lidar com a crise; mudar o comportamento para proteger-se a si próprio e às outras pessoas.

Aconselhamento para tomada de decisão
Ajuda a pessoa a concentrar-se em decisões perturbadoras mas necessárias. A tomada de decisão pode incluir pensar sobre: quem deverá ser comunicado da situação? Como? Quando? Quem vai poder oferecer apoio emocional? E os cuidados físicos (no caso do SIDA)? No caso do SIDA, quem cuidará das crianças? Que mudança pode ser feita na dieta ou no estilo de vida para manter a saúde?

Por quem é feito o aconselhamento para indivíduos portadores de HIV/SIDA
Segundo Trindade & Teixeira (2000), o aconselhamento pode ser feito por profissionais habilitados em HIV/SIDA, como profissionais da área da saúde: psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos de serviço, profissionais da área de educação (professores, pedagogos, pesquisadores); grupos comunitários e religiosos (activistas, membros das associações, instituições organizadas para a prevenção do HIV/SIDA).
Todavia, é importante que os conselheiros tenham conhecimentos actualizados sobre HIV/SIDA e, em especial, disponibilidade para: reconhecer suas próprias limitações e potencialidades; valorizar o que o paciente sabe, pensa e sente; perceber as necessidades do paciente e dar respostas a estas e, por último, respeitar a singularidade do paciente. Essas disponibilidades facilitam a construção de um vínculo de confiança, essencial para que o aconselhamento se desenvolva com sucesso (Trindade & Teixeira, 2000). Contudo, todos os profissionais da equipe de saúde deveriam estar aptos a desenvolver o aconselhamento. Pelas características do trabalho do médico, assim como pelo papel social que ocupa no contexto da atenção à saúde, a realização do aconselhamento durante a consulta médica é fundamental.

Qualidades necessárias para aconselhar
De acordo com Bennett (2000), as atitudes ou postura, o saber ouvir/escutar, o saber comunicar, a liderança e condução da conversação são qualidades necessárias que identificam um psicólogo no processo de aconselhamento. Ao adoptar essas qualidades, o psicólogo permite que o indivíduo liberte-se para que juntos possam trabalhar em prol do seu bem estar, ajudando-o no seu auto-conhecimento, auto-compreensão e na expressão dos seus sentimentos com vista a receber a ajuda de que realmente necessita.

HIV/SIDA em Moçambique
Moçambique vive um ambiente de epidemia do HIV severa. Actualmente, 15% de mulheres grávidas entre os 15 e 49 anos de idade vivem com o vírus causador da SIDA. A epidemia tem um carácter heterogéneo em termos geográficos, sócio˗demográficos e socioeconómicos: mulheres, residentes urbanos, pessoas residindo nas regiões sul e centro são mais afectadas pelo HIV e SIDA. A principal via de transmissão continua a ser heterossexual em cerca de 90% dos casos em adultos (CNCS Moçambique, 2011).
A taxa mais elevada de prevalência de mulheres que vivem com HIV situa-se na faixa etária dos 15-24 anos, com números 2.5 vezes mais altos do que nos homens do mesmo grupo etário. Entre os 15-49 anos, a prevalência nas mulheres é aproximadamente 1.5 vezes mais elevada do que nos homens do mesmo grupo etário (CNCS Moçambique, 2011).
De acordo com CNCS Moçambique (2011), há dois factores que são responsáveis pela feminização da epidemia: os factores biológicos do sexo (as mulheres são mais vulneráveis à infecção do HIV devido à grande superfície da mucosa da vagina exposta durante a penetração sexual) e os factores culturais, que na opinião de alguns autores são os principais. Os factores podem ser: baixo poder das mulheres em negociar o preservativo; a violência sexual e o sexo intergeracional, que consiste em mulheres terem como parceiros homens mais velhos (quase sempre por questões económicas) que podem, por sua vez, ter tido várias parceiras sem protecção, tendo assim maior probabilidade de estarem infectados.
De acordo com dados da UNICEF (s/d), em Moçambique, as mulheres que participam nos programas de prevenção vertical do HIV, beneficiam-se dos seguintes aspectos: serviços de aconselhamento e teste do HIV, o teste é feito de forma rotineira a todas as mulheres grávidas; referência das mulheres grávidas cujo resultado ao teste é positivo à um centro para o teste de contagem de CD4 e início da terapia antiretroviral, se ela for elegível; cuidados pré-natais e aconselhamento contínuos; distribuição de ARVs de acordo com as normas nacionais actualizadas; promoção de parto numa maternidade, para que se prestem cuidados e tratamento profiláctico óptimos às mães e aos bebés recém nascidos; aconselhamento pós-parto, incluindo o aconselhamento sobre as opções de alimentação do bebé.

Factores Impulsionadores da Epidemia do HIV em Moçambique

Com base nos dados apresentados sobre a incidência e o impacto demográfico do HIV pelo CNCS (2011), pode-se sugerir que os factores impulsionadores desta epidemia em Moçambique são:
1. Parcerias múltiplas e concomitantes;
2. Transmissão entre parceiros discordantes fixos;
3. Baixo e uso inconsistente do preservativo;
4. Baixo nível de circuncisão nas províncias do Centro e Sul do país;
5. Alta mobilidade e migração da população por trabalho, comércio e meios de subsistência;
6. Trabalhadores/as de sexo;
7. Comportamento de alto risco entre homens que tem sexo com outros homens e utilizadores de drogas intravenosas;
8. Aspectos estruturais da sociedade como iniquidade de género, violência e abuso sexual (direitos humanos), e aspectos culturais e tradicionais.

Papel do psicólogo no aconselhamento em pessoas com HIV
Segundo Rasera e Issa (2007), a actuação do psicólogo contempla uma diversidade de acções, influenciadas por diferentes inspirações conceituais e valores. Entre as acções realizadas pelo psicólogo, destacam˗se: a psicoterapia individual; psicoterapia de grupo; criação de grupos de apoio e grupos educativos; promoção de redes de solidariedade; treinamento de profissionais de saúde; assessoria e planejamento de acções de defesa dos direitos dos portadores e promoção de campanhas de consciencialização da sociedade em geral.

Para Remor (1999), o psicólogo desempenha um papel fundamental na intervenção/aconselhamento em pessoas portadoras de HIV e SIDA, pois estabelece algumas prioridades, tais como o fortalecimento das capacidades do indivíduo para o enfrentamento, frente ao desamparo aprendido; ajuda na tomada de decisões; ajudar a afrontar o estigma e isolamento associado à SIDA; reduzir as alterações emocionais; dar informação clara e adequada ao paciente e ensinar estratégias de autocontrolo. Contudo, para reduzir as alterações emocionais de modo a melhor intervir, o profissional de aconselhamento deve actuar nos três níveis de resposta: cognitivo, fisiológico-emocional e motor ou comportamental.

II PARTE (“MATERNIDADE E GRAVIDEZ PRECOCE NA ADOLESCÊNCIA”)

Razões da escolha do tema
As atitudes das pessoas são, estimuladas e condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. E a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando a sexualidade na adolescência e, consequentemente, a gravidez na adolescência. Portanto, à medida que os tabus, inibições, tradições e comportamentos conservadores estão diminuindo, a actividade sexual e a gravidez na infância e juventude vai aumentando acompanhado de inúmeras consequências psico-sociais. É com base nesta abordagem que surge a motivação para a escolha do tema, afim de analisá-lo para melhor compreender e interpretar o fenómeno da maternidade e gravidez precoce na adolescência.

Conceitos chaves
Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta (Chagas, s/d). Esta fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis (físico, mental e social) e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto. Durante esta etapa é comum o aumento do interesse pelo sexo e o início das primeiras relações sexuais. Para Ana (2007), fisicamente os indivíduos já são capazes de engravidar, mas emocionalmente não estão maduros para serem pais e mães.

A gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento do embrião na mulher e envolve várias alterações físicas e psicológicas. Desde o crescimento do útero e alterações nas mamas a preocupações sobre o futuro da criança que ainda irá nascer. São pensamentos e alterações importantes para o período (Lay-Ang, s/d).

Apesar de a Organização Mundial de Saúde considerar a adolescência como o período de dez (onde geralmente a mulher tem a sua primeira menstruação) a dezanove anos na vida de um indivíduo, cada país especifica a idade em que seus cidadãos passam a ser considerados adultos (a chamada maioridade legal) ainda podendo ser influenciados localmente por factores culturais.

Adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias consequências para todos os familiares, mas principalmente para os adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da própria realidade (Lay-Ang, s/d).

DISSERTAÇÃO SOBRE O TEMA (COM BASE NA PALESTRA)
Determinantes da gravidez na adolescência
Vários factores estão por detrás da gravidez na adolescência. Durante a palestra destacou˗se alguns, tais como: pertencer a um grupo desfavorável; baixo nível de escolaridade; vida sexual precoce e promiscuidade; desestruturação familiar; instabilidade económica; falta de informação correcta sobre como evitar a gravidez; abuso sexual da rapariga; postura da religião da rapariga; influência social e desejo de se sentir adulta.

Implicações da gravidez
As implicações da gravidez são apresentadas em duas vertentes: para a adolescente e para o recém˗nascido. Para a adolescente apontam˗se aspectos como: ameaças de parto prematuro; infecções urinárias; anemia; morte; exclusão social; conflitos familiares; abandono escolar e aborto. Enquanto para o recém˗nascido podem˗se apontar aspectos como: desnutrição, baixo peso à nascença; maior probabilidade de morte e atraso no desenvolvimento neuro˗psicomotor futuro.

Aspectos psicológicos da gravidez na adolescência

Esses aspectos podem ser de duas categorias mutuamente exclusivas, dependendo do indivíduo e do meio em que este se encontra. Os primeiros aspectos a referir, são consequências negativas: baixa auto˗estima; humilhação; tristeza; insegurança; depressão e tentativa de suicídio. Os segundos aspectos são as consequências positivas: alegria; conforto; segurança e aceitação no seio da família e da comunidade.

Prevenção da gravidez precoce

Há várias estratégias que podem ser empregues para a prevenção da gravidez precoce. Durante a palestra destacou˗se algumas como: intervenção educativa; programas de desenvolvimento da juventude (educação sexual e treinamento de tomada de decisão); intervenções em saúde reprodutiva (prevenir gravidez precoce, identificação de riscos e educação sobre os contraceptivos) e aconselhamento psicológico.

DISSERTAÇÃO SOBRE O TEMA (COM BASE NA REVISÃO DA LITERATURA)

Gravidez na adolescência
A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias consequências de seus filhos que nascerão e de suas famílias.
Segundo Ballone (2003), a incidência da gravidez na adolescência está crescendo e, nos EUA vê-se que de 1975 a 1989 a percentagem dos nascimentos de adolescentes grávidas e solteiras aumentou 74,4%. Em 1990, os partos de mães adolescentes representaram 12,5% de todos os nascimentos no país. Lidando com esses números, estima-se que aos 20 anos, 40% das mulheres brancas e 64% de mulheres negras terão experimentado ao menos 1 gravidez nos EUA .
No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais meninas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70. A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos (Ballone, 2003).
Estudos feitos por Mitchel e Wellings (1998), com indivíduos de 16 a 29 anos, numa amostra de mil pessoas, demostram que 65% não tinha previsto sua primeira relação sexual.

Gravidez na adolescência em Moçambique
De acordo com Machungo (2004), a gravidez indesejada é mais frequente nas adolescentes, o último censo populacional demonstra que 17% das adolescentes entre os 15-19 anos tiveram já um filho, por um lado, porque a sociedade tradicional e os seus valores não são respeitados, particularmente nas áreas urbanas, e as adolescentes adoptam a cultura ocidental incluindo a prática de relações sexuais livres. Por outro lado a educação sexual nas escolas é ainda pobre ou não existe e visto que a sexualidade é um tabu, os pais não a discutem com os seus filhos adolescentes.

O conhecimento acerca dos contraceptivos é também ainda muito limitado e mesmo, quando existe, muitos adolescentes têm as suas relações desprotegidas. Consequentemente a gravidez indesejada na mulher adolescente é frequente e muitas terminam-na recorrendo a um aborto inseguro (Machungo, 2004).

Por motivos culturais históricos e tradicionais, muitas adolescentes moçambicanas, são privadas de muitas coisas, a maior parte delas, não vive a fase da adolescência. Há meninas que, por recusarem o casamento, são submetidas a castigos corporais e são amarradas durante dias, privadas de comer, até mudarem de ideia. O actual Código Civil permite o casamento às raparigas apenas a partir dos 18 anos e aos rapazes a partir dos 20. Por causa disso, não há registos oficiais sobre o número de casamentos precoces realizados no país (Mayte, Sandrine e Willian, 1998).

Factores da gravidez na adolescencia
Segundo Vitalle e Amancio (2004), o contexto familiar tem uma relação directa com a época em que se inicia a actividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam à essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência.
A utilização de métodos anticoncepcionais não ocorre de modo eficaz na adolescência, devido a factores psicológicos inerentes ao período da adolescência. A adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária. A actividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual activa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de meios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, à um funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável à uma família moderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior protecção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes (Vitalle e Amancio, 2004).
Contudo, a gravidez precoce pode estar relacionada a diferentes factores, desde a cultura, estrutura familiar e maturação bio-psicológica do indivíduo. Por isso, a intervenção do psicólogo e o apoio da família e da sociedade perante estas situações é de extrema importância para proporcionar compreensão, diálogo, segurança, afecto e auxílio para que tanto os adolescentes envolvidos quanto a criança que será gerada se desenvolvam saudavelmente.

Consequências da gravidez precoce

A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebé, muito menos de uma família. Entretanto, o seu organismo já está preparado para prosseguir com a gestação, já que, a partir do momento da menstruação, a maturidade sexual já está estabelecida (Vitalle e Amancio, 2004). Outra polémica, é o de mães solteiras, por serem muito jovens os rapazes e as moças não assumem um compromisso sério e na maioria dos casos quando surge a gravidez um dos dois abandona a relação sem se importar com as consequências. Este é apenas um dos motivos que faz crescer consideravelmente a cada ano o número de pais e mães jovens e solteiros.

De acordo com Vitalle e Amancio (2004), quando a actividade sexual tem como resultado a gravidez, gera consequências a curto e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas sociais (educacionais e de aprendizado, etc.), intra˗familiares, problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores considerem a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da actividade sexual.

Para Ballone (2003), estudos sobre ideação de suicídio em adolescentes grávidas, feitos por Freitas e Botega em 120 adolescentes grávidas (40 de cada trimestre gestacional), com idades variando entre 14 e 18 anos, atendidas em serviço de pré-natal da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba. Apresentam os seguintes resultados: casos de ansiedade em 25 indivíduos (21 %); casos de depressão em 28 (23%). Desses, 12 indivíduos (10%) tinham ansiedade e depressão. Ideação suicida ocorreu em 19 (16%) das pacientes. Não foram encontradas diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida nos diversos trimestres da gravidez. As tentativas de suicídio anteriores ocorreram em 13% das adolescentes grávidas. A severidade dessas tentativas de suicídio teve associação significativa com o grau da depressão, bem como com o estado civil das pacientes (solteira sem namorado).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O aconselhamento em HIV/SIDA é um diálogo que visa estabelecer uma relação de confiança entre os interlocutores e oferecer ao cliente condições para que avalie sua condição de vulnerabilidade e riscos pessoais de portar o Vírus da Imuno deficiência Adquirida (HIV) ou de já ter desenvolvido a Síndrome da Imuno deficiência Adquirida (SIDA), tome decisões e encontre maneiras realistas, ou seja, maneiras viáveis de enfrentar seus problemas relacionados às HIV/SIDA.

A gravidez na adolescência é a gestação ocorrida em jovens que encontram-se, portanto, em pleno desenvolvimento dessa fase da vida. Esse tipo de gravidez em geral não é planificada nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. Envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros.

Em Moçambique, a gravidez indesejada é mais frequente nas adolescentes, de acordo com o último censo populacional, 17% das adolescentes entre os 15-19 anos tiveram já um filho. A taxa mais elevada de prevalência de mulheres que vivem com HIV situa-se na faixa etária dos 15-24 anos, com números 2.5 vezes mais altos do que nos homens do mesmo grupo etário. Entre os 15-49 anos, a prevalência nas mulheres é aproximadamente 1.5 vezes mais elevada do que nos homens do mesmo grupo etário.
Para além de aspectos culturais, o conhecimento acerca dos contraceptivos é ainda muito limitado e mesmo, quando existe, muitos adolescentes têm as suas relações desprotegidas. Um dos factores determinantes a estas práticas é o facto da adolescente negar a possibilidade de engravidar ou mesmo de contrair a doença, essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária.
O aconselhamento desempenha um papel fundamental na gravidez, infecção e doença pelo HIV/SIDA porque providencia apoio social e psicológico face as alterações emocionais de qualquer pessoa nesta situação. Portanto, a inserção do aconselhamento na atenção básica, constitui um grande desafio para gestores e profissionais de saúde, pois necessita de muitos mecanismos de superação para que resultados satisfatórios sejam obtidos.
Contudo, estratégias como intervenção educativa, programas de desenvolvimento da juventude (educação sexual e treinamento de tomada de decisão), intervenções em saúde reprodutiva (prevenir gravidez precoce, identificação de riscos e educação sobre os contraceptivos) e aconselhamento psicológico, podem ser empregues para a prevenção da gravidez precoce e redução da pandemia do HIV.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araguaia, M. (s/a). Infecção, infestação e inflamação. Disponivel em http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/infeccao-infestacao-inflamacao.htm, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 15h.

Ana, S. (2007). Gravidez na adolescência: orientar é a melhor prevenção. Disponivel em http://www.3apoliclinica.cbmerj.rj.gov.br/modules.php?name=News&file=print&sid=278, acessado no dia 4 de Novembro de 2011 as 10h.

Ballone J. (2003). Gravidez na Adolescência. Disponivel em http://sites.uol.com.br/gballone/infantil/adoelesc3.html, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 17h.

Bennett, P. (2000). Introdução clínica à psicologia da saúde. Lisboa: Climepsi ed.

CNCS Moçambique (2011). HIV/SIDA em Moçambique. Disponivel em http://www.cncs.org.mz/index.php/por/HIV-SIDA-em-Mocambique, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 15h.

Chagas, A. (s/d). Adolescência: um fenômeno contraditório. Disponivel em http://www.revistapsicologia.com.br, acessado no dia 3 de Novembro de 2011 as 8h.
Infoescola (2007). Gravidez na Adolescência. Disponivel em http://www.infoescola.com/sexualidade/gravidez-na-adolescencia/, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 pelas 17h.

Lay-Ang, G. (s/d). A Gravidez na Adolescência. Disponível em http://www.brasilescola.com/biologia/gravidez-adolescencia.htm, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 17h.

Módulo 3 de Aconselhamento. Disponível em: www.inde.gov.mz/docs/materiais6.pdf. Acessado em 3 de Novembro de 2011 as 16:43h.

Mayte, A.; Sandrine, M. e Willian, B. (1998). A experiência de assumir a gestação na adolescência: um estudo fenomenológico. Disponivel em www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79721998000300004, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 14h.

Machungo, F. (2004). O aborto inseguro em Maputo. Disponivel em http://www.wlsa.org.mz/?__target__=Tex_AbortoInseguro, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 11h.

Mitchell K. e Wellings S. (1998). with young people in England: Journal of Adolescence. Disponível em http://www.ingentaconnect.com/content/ap/ad/1998/00000021/00, acessado no dia 2 de Novembro de 2011 as 9h.

Roche (S/d). O que é SIDA. Disponível em http://www.roche.pt/sida/o_que_e_a_sida/, acessado no dia 21 de Outubro de 2011 as 14h.

Renascer: Associação Solidaria HIV/SIDA (2008). O que é o aconselhamento? Disponivel em http://renascer.cv/index.php?option=com_content&task=view&id=97&Itemid=89, acessado no dia 21 de Outubro de 2011 as 16h.

Remor, E.(1999). Abordagem psicológica da AIDS através do enfoque cognitivo-comportamental. Universidad Autónoma de Madrid, Espanha. Disponivel em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79721999000100006, acessado no dia 28 de Outubro de 2011 as 13h.

Rasera, E. e Issa, C. (2007). A actuação do psicólogo em ONG/AIDS. Universidade Federal de Uberlândia. Disponivel em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1414-98932007000300015&script=sci_arttext, acessado no dia 28 de Outubro de 2011 as 9h.

Souza, A.; Braga, G. e Vieira, M. (2010). Aconselhamento em HIV/AIDS: a preparação dos enfermeiros frente à nova perspectiva para ações de saúde em atenção básica. Disponivel em http://www.efdeportes.com/efd144/aconselhamento-em-hiv-aids.htm, acessado no dia 21 de Outubro de 2011 as 14h.

Scheeffer, R. (1989). Aconselhamento Psicológico: teoria e prática. S. Paulo: Atlas S.A.

Trindade, I. & Teixeira, C. (2000). Aconselhamento psicológico em contextos de saúde e doença : Intervenção privilegiada em psicologia da saúde. Análise Psicológica.

UNICEF Moçambique (s/d). Prevenção da transmissão de mãe para filho. Disponivel em http://www.unicef.org/mozambique/pt/hiv_aids_3178.html, acessado no dia 1 de Novembro de 2011 as 16h.
Vitalle, S. e Amâncio, S. (2004). Gravidez na Adolescencia. Disponivel em http://189.75.118.67/CBCENF/sistemainscricoes/arquivosTrabal, acessado no dia 28 de Outubro de 2011 as 17h.