segunda-feira, 30 de maio de 2011

Instrumentos/Estratégias a Usar em Função dos Diversos Contextos e Objectivos da Avaliação e Intervenção Psicológica

Autores: Fernando Marrengula, Hipólito Sambo, Evans Bia e Vicente Mazive

O trabalho tem como objectivo fundamental desenvolver competências de pesquisa nos estudantes, assim como dotar os mesmos de subsídios técnicos que lhes permitam afirmar-se na sua prática profissional que é cada vez mais exigente e competitiva.

Para a elaboração do trabalho recorreu-se à pesquisa bibliográfica que, de acordo com Luna (1999), é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos e que são revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes.
O trabalho cumpre os seguintes objectivos:
Descrever os aspectos inerentes ao processo de avaliação e intervenção psicológica
Descrever os instrumentos/ estratégias que podem ser empregues na avaliação psicológica
Analisar a avaliação e Intervenção Psicológica no contexto Educacional
Analisar a avaliação Psicológica no contexto Organizacional
Analisar a avaliação Psicológica no contexto Clínico
O trabalho apresenta a seguinte estrutura:
I. introdução onde se apresenta as linhas gerais do tema, os oblectivos e a estrutura
II. avaliação e intervenção psicológica onde faz-se alusão aos aspectos inerentes a este processo
III. avaliação e intervenção psicológica no contexto educacional onde descreve-se os objectivos avaliação psicológica, assim como, as áreas de actuação do psicólogo educacional
IV. avaliação e intervenção psicológica no contexto organizacional onde faz alusão as áreas de actuação do psicólogo organizacional
V. avaliação e intervenção psicológica no contexto clinico onde descreve-se os aspectos ligados a este processo
VI.discussão do tema onde se apresenta a analise do grupo acerca do tema
VII. conclusão onde apresentam-se as considerações finais do trabalho ao que se segue as referencias bibliograficas.
Definição de conceitos
Avaliação Psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área de conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica e constitui-se em fonte de informações de carácter explicativo sobre fenómenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de actuação do psicólogo. Trata-se de um estudo que requer um planeiamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins aos quais a avaliação se destina (Lima 2007).

Intervenção psicológica é toda forma de intervenção, ou seja, de tentativa de influenciar de maneira transitória ou definitiva o comportamento humano através do uso de meios psicológicos, ou seja, a influência se dá através de novas formas de comportamento e de experiênciar o mundo (Perrez, 2005).

Teste psicológico: Para Cronbach citado por Silva (s/d), é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas. Seu objectivo é descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas seguintes áreas: emoção, afecto, cognição, inteligência, motivação, personalidade, atenção, memória, percepção etc., nas suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos instrumentos.

II. AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA
Para Alchieri & Cruz (2003), citados por Silva (s/d) o conceito de avaliação psicológica refere-se ao modo de conhecer fenómenos e processos psicológicos por meio de procedimentos de diagnóstico e prognóstico, para criar as condições de aferição de dados e dimencionar esse conhecimento. Isso pressupõe que, este processo deve ser levado a cabo por individuos capacitados para tal, ou por indivíduos formados em psicologia.
Educarte (s/d), salienta que durante o processo de avaliação psicológica o psicólogo avalia a funcionalidade do indivíduo, assim como, averigua as suas vivências e historial para definir o diagnóstico e elabora um projecto de intervenção.
Visto que, a avaliação psicológica permite ao psicólogo colher informações acerca do indivíduo que é alvo da mesma, o psicólogo pode recorrer ao uso de diversos instrumentos/ estratégias como forma de garantir que este objectivo seja cumprido na íntegra.
As informações que os instrumentos/ estratégias empregues pelo psicólogo lhe irão fornecer permitirão que este elabore um plano de intervenção apropriado para cada caso que se lhe apresente, pois a seleção do instrumento/estratégia a empregar deve ter em conta o contexto da avaliação, assim como, os objectivos a que a mesma se propõe.

2.1 Instrumentos/ Estratégias empregues na avalição psicológica
Durante o processo de avaliação psicológica podem ser empregues diferentes instrumentos / estratégias dentre eles os seguintes: os testes psicológicos, a observação, e a entrevista.

Testes psicológicos: para Hutz & Bandeira (2003) citados por Silva (s/d), estes representam os intrumentos técnicos de uso exclusivo dos psicólogos que, par gerenciá-los, requer treinamento e conhecimento específicos, pois os mesmos obedecem a uma série de regras para sua aplicação designadas de padronização da aplicação dos testes, que implicam em vários procedimenots: administração dos testes na aplicação; questões relacionadas ao aplicador ou examinador; e questões específicas que dizem respeito ao (s) examinado (s) ou testando (s).

Entre os diferentes grupos de testes existentes, Hutz & Bandeira (2003) citam como principais os seguintes: personalidade, atenção, inteligência, e orientação proficional. Estes descrevem-os nos seguintes termos:
Os testes de personalidade visam avaliar aspectos emocionais, de motivação e interpessoais, com o intuito de identificar aspectos da personalidade do avaliando.
Os testes de atenção visam avaliar a capacidade que o indivíduo tem de manter a sua atenção na actividade durante um período, bem como analisar a qualidade e produtividade dessa atenção.
Os testes de inteligência avaliam o desenvolvimento intelectual geral, contemplando todas as funções intelectuais, como: cálculo, memória, raciocínio espacial, raciocínio mecânico, raciocínio abstrato, capacidade de abstração, planejamento e organização.
Os testes de orientação profissional propiciam condições para que as pessoas se conheçam melhor, percebam suas identificações, adquiram melhores condições de organizar seus projectos de vida e fazer suas escolhas profissionais, visando à promoção de saúde.

Observação: a observação tem se mostrado o instrumento mais satisfatório na coleta de informações, pois permite socializar e avaliar o trabalho do psicólogo. Esta proporciona ao psicólogo um contacto mais próximo do que acontece na realidade e possibilita melhor compreensão da natureza das acções.

Entrevista: A entrevista tem sido a técnica mais utilizada em diversas práticas do psicólogo na organização, como na selecção de pessoal, diagnóstico organizacional, desligamento de funcionário, levantamento de necessidades de treinamento, na construção de perfil, avaliação de desempenho, diagnóstico de satisfação no trabalho, e avaliação para promoção ou recolocação.

De acordo com Silva (s/d), as condições de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram resultados favoráveis.o que significa que a simples aprovação dos orgãos competentes não significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou para qualquer propósito. A recomendação para um uso específico deve ser buscada nos estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos estudos de validade e nos de precisão e de padronização. Assim, os requisitos básicos para a utilização ou não de determinado instrumento/estratégia são os resultados favoráveis de estudos orientados para os problemas específicos relacionados às exigências de cada área e propósito.

Silva (s/d), salienta afirmado que dependendo da combinação de propósitos e contextos, pode-se pensar melhor quais estudos são necessários para justificar o uso de determinados instrumentos/estratégias. Por exemplo, considerando a avaliação de personalidade no contexto organizacional, se o propósito for somente descrever características de personalidade das pessoas, são necessários estudos de validade atestando que o teste mede o constructo pretendido (por exemplo, análise factorial, correlação com outras variáveis, dentre outros). Mas, se o propósito for prever o comportamento futuro, como geralmente é o caso nos processos selectivos, são necessários estudos de validade de critério demonstrando que o teste é capaz de prever bom desempenho no trabalho.

Em suma, a escolha adequada de um instrumento/ estratégia é complexa e deve levar em conta os dados empíricos que justifiquem simultaneamente o propósito da avaliação associado aos contextos específicos. No caso da escolha de um teste específico, é necessário que o psicólogo faça a leitura cuidadosa do manual e das pesquisas envolvidas na sua construção para decidir se ele pode ou não ser utilizado na situação pretedida por ele.
A avaliação e intervenção psicológica pode ser rmpregue em diferentes contextos tais como: o contexto educacional, organizacional e clinico.

III. AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO EDUCACIONAL

De acordo com Marques (s/d), a Psicologia Educacional dedica-se ao estudo de como os seres humanos aprendem em ambientes educacionais. Está, portanto, relacionada com o sucesso educativo na população em geral e em grupos específicos tais como crianças sobredotadas ou subdotadas que necessitam de cuidados especiais. Intervém nas dificuldades escolares e, também, na escolha da carreira (Orientação Escolar e Vocacional). Para além disso, avalia os métodos de estudo, com vista a optimizá-los e fornece estratégias aos jovens de forma a conseguirem ultrapassar as suas limitações.

De acordo com Costa (s/d), a avaliação psicológica no contexto educacional tem como função essencial o diagnóstico e a compreensão dos sintomas ou queixas actuais da criança/ adolescente, considerando os diferentes ambientes ou contextos nos quais essa se move, a sua dinâmica familiar e relacional e as características do seu desenvolvimento emocional e cognitivo. Assim, esta análise aprofundada dos principais aspectos do desenvolvimento e do funcionamento psicológico da criança/ adolescente, realiza-se de um modo independente ao processo de intervenção psicológica eventualmente a implementar à posteriori.

Costa (s/d), salienta que a mesma consiste num número limitado de consultas, nas quais pode-se recorrer à utilização de diferentes técnicas e métodos de avaliação, designadamente à realização de uma entrevista, da observação directa, do recurso a inventários de comportamento para pais, professores e criança, a utilização de instrumentos de avaliação cognitiva, neuropsicológica e pedagógica.


3.1. Objectivos da consulta de avaliação psicológica

Os objectivos da consulta de avaliação psicológica são múltiplos, passando pelo diagnóstico, caracterização e compreensão dos resultados obtidos, predição do desempenho posterior, prognóstico e encaminhamento para intervenção (articulando propostas reeducativas com as escolas ou com outros técnicos: terapia da fala, apoio pedagógico especializado e/ou psicomotricidade).

3.2. Áreas de actuação
3.2.1. Avaliação Emocional e da Personalidade
Avaliação realizada com base no desenvolvimento dinâmico da personalidade e do temperamento da criança e do adolescente com um carácter compreensivo – explicativo. Análise do(s) comportamento(s), com base no perfil de personalidade.
Procedimentos: entrevista clínica e realização de testes de avaliação da personalidade, inventários de auto-resposta, avaliação da auto-estima e auto-conceito.

3.2.2. Avaliação Cognitiva e da Inteligência

Esta realiza-se com base na análise das competências cognitivas e intelectuais individuais e consiste na determinação das áreas fortes ou fracas ou dos domínios do funcionamento intelectual, fornecendo indicações para avaliação ou despiste de suspeitas de défice cognitivo, dificuldades de aprendizagem (Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia, Insucesso Escolar), Sobredotação, entre outras.
Procedimentos: Entrevista Clínica e realização de Testes de Avaliação Cognitiva.

3.2.3. Avaliação do Perfil de Desenvolvimento Infantil
Consiste na avaliação do nível de desenvolvimento da criança, sobretudo em idade pré-escolar. Este processo contempla as áreas do desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento da linguagem, competências sócio-emocionais/ interacção social e processos de aprendizagem.
Procedimentos: Entrevista Clínica com os Pais (Anamnese), envio de questionários de avaliação do comportamento para os Pais e educadores/ professores e realização de testes de avaliação do desenvolvimento da criança.
3.2.4. Despiste de Dislexia e de outras Dificuldades de Aprendizagem
Esta é dirigida a crianças que revelem baixo rendimento escolar e/ou dificuldades específicas de aprendizagem. Consiste num estudo completo das possíveis causas do insucesso escolar da criança/ adolescente.
Procedimentos: Entrevista Clínica com os Pais (Anamnese) e com a criança ou adolescente, envio de questionários de avaliação do comportamento para os pais e educadores/ professores e realização de testes de avaliação psicopedagógica ( testes específicos de diagnóstico da dislexia; testes de avaliação da leitura/ ortografia, entre outros).

3.2.5. Outros despistes específicos / despiste Psicopatológico
Esta é indicada para situações nas quais a criança e o adolescente apresentem alterações de comportamento ou de humor que interfiram no seu bem-estar geral, designadamente: PHDA – Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção, Agressividade/ Impulsividade, Perturbação de Comportamento de Oposição e Desafio, Perturbações do Comportamento Alimentar, Mutismo Selectivo, Perturbações da Ansiedade ( Fobias, Perturbação de Pânico), Depressão, Alterações Emocionais resultantes de processo de divórcio, etc.
Procedimentos: Entrevista Clínica com os Pais e com a criança ou adolescente; realização de outros testes a definir pelo Psicólogo conforme cada caso.

3.2.6. Avaliação Pré-Escolar e de Prontidão Escolar

Avaliação destinada a crianças que revelem condições de ingresso no 1ºCEB (primeiro ciclo do ensino básico) antes da idade estipulada por lei, devido ao seu desempenho excepcional. É útil para diagnosticar precocemente dificuldades específicas de aprendizagem, (antes do ingresso no 1º ciclo).
Procedimentos: entrevista clínica com os pais (anamnese) e com a criança, envio de questionários de avaliação do comportamento para os pais e educadores/ professores e realização de Testes de Avaliação do Desenvolvimento, Avaliação Cognitiva e Psicopedagógica, entre outros.
De acordo com Educarte (s/d), a intervenção que se faz face a um problema detectado pode tomar diversas formas. Algumas vezes, apenas é pedido um relatório que possa desencadear os apoios sociais e educativos necessários e/ou possíveis para enfrentar o problema. Outras vezes, poderá ser feito um acompanhamento da situação, mais ou menos espaçado no tempo, com encaminhamento médico, aconselhamento educacional aos pais, deslocação à escola, etc.
Poderá ainda ser dado apoio directo à criança ou jovem, tomando a forma de: apoio emocional; psicoterapia; programa de estimulação do desenvolvimento; programa de estimulação de funções específicas (Integração sensorial, Psicomotricidade e Postura, Treino Cognitivo, Fonológico, Perceptivo, Reflexivo, etc); programa de reeducação da leitura/escrita; e programa de estimulação/reeducação intensiva nas férias escolares.

IV. AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL
A avaliação psicologica tem se tornado um procedimento cada vez mais importante na área organizacional, sendo importante na tomada de decisões e escolha de profissionais, permitindo assim resolver vários problemas organizacionais.

Rabaglio (2006) citado por Strapasson et al (2010) aponta que a avaliação realizada com eficácia é a chave de sucesso na gestão de pessoas, já que se constitui uma ferramenta de estimativa de aproveitamento do potencial individual das pessoas no trabalho e, assim, do potencial humano de toda a organização.

Cruz (2002) citado por Strapasson et al (2010), afirma que durante muitos anos a avaliação psicológica nas organizações teve a perspectiva de avaliar as diferenças individuais mediante a utilização de testes psicológicos para seleção e orientação profissional, e de estratégias objectivas de avaliação das habilidades e aptidões dos indivíduos diante de tarefas prescritas para um determinado posto ou cargo. Diante desse fato, a utilização de testes psicológicos passou a ser o principal instrumento de avaliação psicológica nas organizações. No entanto, a avaliação psicológica no âmbito organizacional pode ser utilizada em várias atividades, como no treinamento de pessoal, avaliação de potencial, avaliação de desempenho, avaliação da carga mental de trabalho, diagnóstico organizacional, entre outras.

4.1. Áreas de actuação
4.1.1. Orientação e reorientação profissional
A avaliação psicológica na área de orientação e reorientação profissional visa auxiliar o funcionário a repensar suas escolhas, de modo que o trabalho possa ser um instrumento de construção do seu ser e de desenvolvimento de suas potencialidades.
4.1.2. Diagnóstico organizacional
Na atividade referente ao diagnóstico organizacional, a avaliação e intervenção psicológica tem como finalidade verificar a saúde organizacional, bem como levantar as possíveis causas dos problemas organizacionais.

4.1.3. Avaliação da carga mental de trabalho

A avaliação da carga mental de trabalho no ambiente organizacional consiste na definição da “carga de trabalho” que representa o conjunto de esforços desenvolvidos para atender às exigências das tarefas abrangendo os esforços físicos, os cognitivos e os psicoafetivos (emocionais).

V. AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO CLÍNICO

Segundo Rodrigues (s/d), a consulta de psicologia clínica desenrola-se ao longo de várias sessões. Num primeiro momento, o psicólogo procura fazer uma avaliação psicológica à pessoa de forma a conhece-la melhor, compreender a sua estrutura de funcionamento e os seus problemas ou dificuldades. Posteriormente planeia com a pessoa o tipo de acompanhamento e os objectivos psicoterapêuticos.
Uma das principais funções do psicólogo é a realização de avaliações psicológicas; conduzindo, deste modo, à elaboração de psicodiagnósticos diferenciais, de estudos da estrutura da personalidade, da deterioração mental, bem como da compreensão do funcionamento mental global da pessoa. Estas avaliações psicológicas têm como objectivo principal despistar qualquer indício psicopatológico.
Outra das funções é o acompanhamento psicológico/psicoterapêutico, em que o psicólogo adopta essencialmente uma postura de suporte e contenção, procurando igualmente criar, em conjunto com a pessoa, estratégias de intervenção psicológica para diminuir, aliviar, e até extinguir o sofrimento da pessoa, de modo a restabelecer o bem-estar e o equilíbrio emocional.


VI. DISCUSSÃO DO TEMA
A avaliação psicológica constituí um processo bastante complexo e amplo que permite que o psicólogo possa colher informações de que necessita para a tomada de decisão seja no âmbito educacional, organizacional, e clinica.
Por se tratar de um processo complexo, o mesmo pode envolver a utilização de uma série de instrumentos/estratégias com vista a auxiliar o profissional no sentido de adquirir informações que possam permitir que o mesmo tenha uma compressão real dos factos. Dentre os instrumentos/estratégias que podem auxiliar o profissional durante o processo de avaliação psicológica encontramos׃ os testes psicológicos, a entrevista e a observação. Sendo que cada propõe-se a cumprir determinados objectivos, ou seja, cada um surge no sentido de fornecer dados especificos ou avaliar determinado tipo de habilidades do individuo e por essa razão podem ser empregues nas diferentes áreas e contextos de actuação do psicólogo.
No entanto, alguns profissionais consideram que os testes psicológicos constituem a principal vertente de actuação do psicólogo seja ele clínico, educacional, e organizacional.
Por definição o homem é um ser bio-psico-social, ou seja, estas três vertentes exercem influência sobre o comportamento humano e por essa razão, o psicólogo não pode limitar-se ao uso de apenas um único instrumento. O que significa que o mesmo pode combinar os diferentes instrumentos/estratégias no sentido de fazer uma confrontação das informações que cada instrumento fornece o que irá permitir ao psicólogo ter uma maior compressão do comportamento humano.
Durante o processo de avaliação e intervenção psicológica, o psicólogo para álem de preocupar-se com a combinação dos diferentes instrumentos/estratégias, deve ainda preocupar-se em escolher os instrumentos que se adequam a área em que se insere a avaliação e intervenção psicológica ao mesmo tempo que procura enquadrá-la ao respectivo contexto.
Para que o processo de avaliação e intervenção psicológica cumpra os objectivos a que se propõe, o psicólogo deve seguir a risca os procedimentos inerentes a aplicação de cada instrumento/estratégia de avaliação psicológica.


VII. CONCLUSÃO
Avaliação e intervenção psicológica é um processo que visa auxiliar o psicólogo na recolha de informações acerca do individuo que é alvo deste processo. Para a recolha dessas informações o mesmo pode recorrer ao auxilio de alguns instrumentos/ estratégias cuja selecção deve obdecer o contexto, ou seja o meio onde decorre a avaliação, assim como, os objectivos a que a mesma se propõe.
Uma das pricinpais vertentes do processo de avaliação psicológica são os testes psicotécnicos, ou seja o processo de aplicação dos testes psicológicos. Estes constituem um instrumento muito sensível e para que cumpram os objectivos a que se propõem, o psicólogo durante o processo de sua aplicação deve seguir à risca os procedimentos da sua aplicação.
Pelo facto do ser humano ser complexo e alvo de diversas influências sejam elas de carácter social, assim como da heriditariedade, propõem-se que o psicólogo durante a sua actuação opte por uma abordagem eclética, pois esta pode permitir a combinação dos diferentes instrumentos/estratégias de avaliação psicológica.
 

VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Costa, P. (s/d). Avaliação psicológica. Acessado a 2 de Março de 2011 as 12:33h. Disponível em http://www.paulojosecosta.com/?page_id=187

Educarte. (s/d). Avaliação e intervenção psicológica na escola. Acessado a 2 de Março de 2011 as 12:45h. Disponível em http://www.educarte.com.pt/Crian%C3%A7aseJovens/ConsultasdePsicologia/tabid/59/language/pt-PT/Default.aspx

Lima, R. (2007). Psicólogo Clínico e Organizacional. Acessado a 3 de Março de 2011 as 10:38h em http://www.rangellima.com.br/arquivos_internos/index.php?abrir=perguntas_frequentes

Luna, S. V. (1999). Planejamento de pesquisa: uma introdução (2ªed). São Paulo: Educ.

Marques, T. P. (s/d). Avaliação e Intervenção Psicológica na área educacional. Acessado a 2 de Março de 2011, as 12:11h. Disponível em http://teresapaulamarques.com/interven.php

Perrez, M. & Baumann, U. (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie. Bern: Huber, 3.

Rodrigues, C. (s/d). Psicologia clinica: o papel do psicologo clinico. Acessado a 2 de Marco de 2011 . disponível em http://psicologaclinica.blogs.sapo.pt/8687.html.
Silva, V.G. (s/d). Testes psicológicos e suas práticas. Acessado a 2 de Março de 2011. Disponível em http://www.scribd.com/doc/11559014/Testes-Psicologicos-e-as-Suas-Praticas

Strapasson, E. M., Silva, R. M. & Teodoro, V. (2010). O Processo de Avaliação Psicológica na Atuação dos Psicólogos Organizacionais e do Trabalho. São Paulo: Universidade do Vale do Itajaí. Acessado a 2 de Março de 2011 as 12:37. Disponível em www.actassnip2010.com/conteudos/actas/avalpsi_20.pdf.

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